sábado, 15 de novembro de 2014

Foo Fighters em Sonic Highways.



E nessa semana acabou todo o mistério que era feito em cima do Foo Fighters, a banda lançou o seu novo disco chamado “Sonic Highways”. A banda trabalhou, e muito para esse disco ser feito, foi de uma forma muito criativa, e de certa forma genial. Eles passaram por oito cidades dos Estados Unidos, parando em um estúdio de cada uma dessas cidades, e ali eles criaram os arranjos, as melodias, os solos, e o mais incrível que foi às letras. As letras têm uma curiosidade muito bacana, pois a cada parada nas cidades, Dave Grohl (vocalista/guitarrista) fazia uma entrevista com músicos marcantes daquela cidade, seja da década de 70 ou de 2 anos atrás, e com as entrevistas ele pegava as palavras, e formulava então a letra da música, ou seja, o disco só foi feito por causa das entrevistas, e das histórias de cada cidade.
Dave em entrevistas citava que queria mostrar que existe música em todas as cidades, não precisava ir ao melhor estúdio para se compor algo tão bom, o importante era você ter a paixão pelo que estava fazendo, a paixão pela música no caso. De inicio a banda lançou o single “Something From Nothing” de longe é a música mais forte do disco, tem participação especial de Rick Nielsen nas guitarras, do meu ponto é a música em que o Dave tirou um peso de si mesmo, tentando representar onde ele surgiu, e de como tudo foi rápido e de certo modo difícil para ele, desde o Nirvana até agora com o Foo Fighters. Dificilmente alguém pode falar que o disco é incrível, ou é mais ou menos (por enquanto), porque junto do disco tem o documentário, que ainda está na metade, então não tem como falar da música sem ver o porquê da letra, o porquê daquele arranjo, o porquê de tantos solos de guitarra, ou a falta deles.  Mas mesmo sem ter visto metade do documentário pode se observar que em todas as músicas tem um peso e grau de emoção muito grande, afinal falar da história das pessoas, e do que aconteceu não é das tarefas mais fáceis, mas Dave conseguiu com maestria.
Dentro do disco você encontra uma faixa mais que especial, denominada “Subterranean”, é a faixa que foi feita em Seattle, cidade onde o Dave conheceu a música, e onde começou a trilhar seu caminho com seu eterno melhor amigo, Kurt Cobain. A música é de uma forma calma, sem explosões ou elevações de guitarra como é de se ver nas maiorias das músicas do Foo Fighters, mas em uma entrevista o próprio Dave comentou como essa música foi feita especialmente pra falar do fim do Nirvana, de como todos se portaram a ele com um degrau a baixo do que ele poderia ser, de como todos o tratavam como uma celebridade que conhecia Kurt, e como todos esqueceram que só teve o fim da banda porque o Kurt morreu, não foi por alguma decisão, e sim pela fatalidade, essa música é a carta que ele não pode escrever ao Nirvana. Então essa música é disparada a com maior peso emocional, até mesmo sem você saber dessa explicação da música aposto que você vai sentir algo ao ouvi-la.
No disco tem 8 músicas, todas escritas do mesmo jeito e todas com toda emoção que se pode ter vindo do Foo Fighters. E como Dave prometeu antes de começar esse projeto que teria vários hinos de se cantar em estádios, todas as músicas tem um trecho uma parte em que você se apega, que pode fazer uma multidão de 80 mil pessoas cantar junto com eles, são todas músicas com um poder de fazer você chorar de tanta emoção, e rir de tanta alegria que pode lhe trazer.

Citando o disco de forma geral, é um disco muito difícil de dar a opinião, é um disco que você não pode ouvir uma vez e falar o que achou, tem de ouvir e ouvir varias vezes, para conseguir entender ao fim o que a banda tentou fazer. Você vai notar uma diferença monstruosa sobre os outros discos, não tem como deixar de falar como a banda está musicalmente mais evoluída, está muito mais técnica e encaixada. Você nota maior presença de bateria com o Taylor Hawkins, nota uma presença maior do baixo com o Nate Mendel, solos do Chris Shiflett estão mais precisos, nota maior improviso com o Pat Smear, vê a presença de Dave Grohl na composição das letras, além de sua voz que é de longe única. Por fim é um disco do mais puro rock, com esse disco eles se elevaram ao nível das maiores bandas de música do mundo, era um projeto perigoso, mas a banda se saiu muito bem, fazendo com que os fãs e não fãs da banda focassem de novo os olhares para eles, e notarem que a banda se reinventou, e conseguiu se tornar melhor ainda. E que seja sempre assim, vida longa ao Foo Fighters.

Matheus Hodniuk.

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