quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Entrevista com Marcelo Zarske.



O primeiro entrevistado do projeto é o mestre Marcelo Zarske, durante a entrevista teve muita troca de informação e muito conteúdo, mas sintetizamos mais o que era das perguntas e infelizmente não colocamos tudo da entrevista até porque ficaria muito longa, o cara tem muito conteúdo. Espero que aproveitem e conheçam esse cara....

1 - Quem é você?

Meu nome é marcelo zarske alvez, conhecido como o Zarske. Tenho 33 anos e fiz aniversário recentemente, tenho como profissão músico sendo guitarrista e dou aulas de música na escola de música Som Maior. Tenho formação em pedagogia e pós graduado em arte educação antes disso fiz contabilidade, a música foi formalmente iniciada com aulas de guitarra com os professores locais, só fui estudar fora da cidade quando veio para cá um cara que me mostrou umas coisas de jazz e que achei muito legal e decidi ir atrás desse tipo de som, tendo o interesse fui estudar pra fora no interior de São Paulo, em um conservatório de música que era especifico em guitarra jazz, melhor dizendo MPB jazz assim dizendo. Mas estudando lá sabia que o conservatório não era nível superior, mesmo eu não acreditando que quem é formado entenda mais de música de quem não é não é isso que faz de você um bom músico. Voltando a minha profissão a minha maior fonte de renda é dar aula em si, mas eu toco, faço barezinhos e casamento, mas como eu tenho o lance das aulas mais fixa, eu toco o que eu quero nesses eventos, já toquei até em igreja, mas de lá me tiraram, pois falaram que só podia tocar músicas que eram da igreja. Além disso, tenho a banda de rock’n roll que é a Irmandade, a gente tem tocado muito pouco, pois os bares de rock de Campo Mourão infelizmente não existem, ainda existem alguns locais para se tocar mais de boa e pouquíssimos festivais, como o da UTFPR ou outros festivais que não tem aqui, mas mesmo pouco a banda vem tocando, pois pelo nome a gente mantém esse lance de irmãos mesmo, uma parada mais se juntar e tocar entre amigos. Mas é isso cara eu vivo música, trabalho com ela, escuto e fico 24 horas por dia nela, até quando estou de bobeira assistindo um seriado to ali com a guitarra treinando.

2 – O que te levou para a música?

Bom desde pequeno eu curtia música cara, desde os desenhos como Charlie Brown ou Tom e Jerry eu ficava reparando nas trilhas que o desenho tinha, além disso, tinha meu pai cara que curtia colocar umas fitas cassete no carro pra gente ir escutando enquanto viajava, colocava umas coisas tipo Queen umas paradas mais antigas, ele também tinha aqueles gosto de ouvir Leandro e Leonardo e tal, mas ele curtia as músicas dos anos 80 em gerais, e eu curtia sempre isso do ouvir a música, porque mesmo sem saber que banda ou artista era o de estar ouvindo a música que me levou a pegar gosto por ela. O que me introduziu a aprender
algum instrumento foi quando meu amigo pelos 11/12 anos ganhou um teclado, e eu achava muito massa o ver ele tocando daí pedi pra minha mãe comprar um teclado pra mim aprender também. Mas foi só um lance que acabei depois de um tempo deixando de lado, mas ao mesmo tempo um primo meu me mostrou o CD acústico do Nirvana, que na época eu achei um som muito massa, assim eu comecei a assistir a MTV quando ainda tinha os clipes que passava tipo Green Day, Rush e eu achava muito massa os ver tocando, e daí a banda que me fez querer tocar mesmo foi Green Day, que eu escutava o álbum Dookie na época, daí eu pedi pra minha mãe com meus 14/15 anos pra aprender violão e o legal que ela me matriculou aqui na escola (Som Maior) pra aprender a tocar, o legal que eu tirava as músicas de ouvido, daí levava na aula e o professor só corrigia meio por cima o que eu já tinha tocado, das bandas que eu adorava tocar era Pearl Jam, Alice in chains, essas bandas bem da década de 90, e não me fechei em apenas uma banda, toda banda que se interligavam eu ia criando gosto pra tocar, sempre escutando o disco completo. E então eu sempre fui ligado na trilha das coisas, como eu amo filmes de terror e as trilhas desses filmes são incríveis, como o primeiro sexta feira 13 tem uma trilha sonora perfeita. Isso então foi uma mistura que me influenciou, não foi à parada do dom, até porque eu não acredito no dom e sim que a pessoa tem uma pré disposição para uma coisa.

3 – Qual sua opinião sobre música atual brasileira?

Cara ta animal, tem muita coisa boa como Djalma lima, a Cachorro grande, a Vanessa da mata, Criolo, o problema é que sempre só o que vende e conhecido é o que está em evidência, que tem a grana por trás junto de diversos empresários, mas ao mesmo tempo tem uma galera de um movimento que vai ao
underground e não liga nisso, como o Trio curupira que tocam pra fora direto e sempre com a raiz do som Brasileiro. Outro ponto é o respeito ao gosto da outra pessoa por que se eu não gosto, mesmo assim eu respeito o lado músico da banda, não por eu não gostar que seja ruim isso é o principal que tem de colocar, como as bandas de 70 e pirava demais, tive até bandas tributo, hoje em dia não consigo escutar nenhuma música, mas sei como eles são bons. E tem muita coisa que a gente nem procura por não ser fácil de achar, mas no Brasil tem muita coisa boa.

4 - Qual sua maior experiência em um show?

Cara teve um festival de música em Ourinhos interior de São Paulo que é feito pra você ir estudar, você se inscreve la em um curso e vai, a primeira vez eu fui e assisti um show do Nelson Ayres que estava dando um
curso além de ser um pianista famoso que tinha o trio pra tocar, nisso o pianista tinha um piano de calda e batia nas cordas para mudar o som que saia, e tinha o flautista que ficava viajando ao mesmo tempo fazendo uma mistura bem massa, nisso fez despertar muito meu interesse porque sempre via musica quadradinha, mas esses caras mudaram o jeito de tocar, além disso teve a Mantiqueiro que era uma big band que me impressionou demais quando eu vi tocar.


5 – Faça um top 5 das bandas que mais escuta.
Como dito antes eu gosto de ouvir discos na semana, então vou falar os cinco discos que venho escutando nessa semana que são:

O  disco Ritualism do David Gilmore ;

O disco Meliora do Ghost ;

 O disco d Mare Nostrum de Jordi Savali (é de música tradicional);

 O disco The Sidewinder do Lee Morgan ;

O disco NOLA do Down (banda do Phil Anselmo do Pantera).

6 – O que é a música para você?

Pra mim ela tem vários sentidos, a música seria tipo como as pessoas precisam de um relógio ou um celular para saber a hora e necessita, a música é isso para mim. É essencial pra mim, é como a pessoa precisa de água e se alimentar, eu preciso da minha dose de música, se eu não escutar música ou não conseguir tocar, com certeza não sou feliz.

Assim finalizou a primeira de muitas entrevistas do projeto, muito obrigado ao Marcelo pela cooperação e pelo papo que tivemos, nos vemos em uma próxima.

Além de tudo isso o cara tem um blog irado dando dicas de discos também, o link vai aqui embaixo:

http://marcelozarske.blogspot.com.br/

2 comentários:

  1. Parabéns mais uma vez pela iniciativa de vocês, e boas vibrações para o projeto!

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  2. O cara foi chamado de mestre na entrevista e não é à toa! Brilhante!

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