sábado, 18 de março de 2017

Scalene em Éter



Dessa vez vamos falar de uma das melhores e mais poéticas banda brasileira, se trata da Scalene e todo seu peso na música. A banda de Brasília é uma das fagulhas de um fogo que o rock não apaga no nosso pais, é mais uma que vive o bom som e luta pra que não acabe a revolução da arte dia após dia. A banda foi formada em 2009 e já tem três discos de estúdio, esse o Éter é o mais recente que foi lançado no ano de 2015. A banda é um tom diferente de muitos sons que já se passaram no nosso país, é uma pegada bem melódica mas com riffs e batidas um tanto quanto pesadas, fazendo uma
mescla perfeita e inconfundível aos ouvidos de fãs. Com esse disco a banda conquistou o Grammy Latino de melhor álbum de rock em língua portuguesa. Pra começar os destaques do disco já é a primeira canção do disco, a carta de superação em vida denominada “Sublimação” que é a típica música que você escuta em todo lugar, mas em um determinado momento em sua vida com certeza vai te fazer repensar e avançar um degrau onde você está, o degrau do medo, ela pode te auxiliar a pula-lo como na parte “Você que diz até onde vai, cada limite um novo começo, infinitas chances vão surgir, se permitir!” e os arrepios juntos de todos os instrumentos te inflando, é sensacional! O segundo som de destaque é “O peso da pena” que tem um tom mais baixo e mais pesado, as linhas do baixo vem mais a tona com o Lucas (baixista) onde tem todo aquele tom de stonner pesado e com a letra forte junto com os riffs que o Tomas (guitarrista) traz a todo momento. O terceiro destaque vem pra “Histeria” que já começa elétrica e com o “Gustavo” (vocal/guitarra) ditando o ritmo frenético
que é a música, lembrando um tanto quanto um Metallica principalmente no disco St. Anger, onde a frenesia da guitarra junto da letra fez jus ao que se tornou, mas na histeria da Scalene vem com a letra “De olhos aberto, Deixa lhe devorar, Qual o seu limite?, Até onde vai?” e o “Philipe” vai só marretando na bateria até tudo acabar. O próximo destaque fica por “Gravidade” que começa com um piano junto da bateria, e algumas palavras proclamadas pelo Gustavo, é o som mais tranquilo e gostoso de se escutar em um momento, mas chega uma parte que tudo explode, junta todos os elementos da banda e vira um frenesi total,  vem com “Minha gravidade é a chave que mantém, nunca me encontrou!” e parece que explode e acaba, é formidável. Talvez agora vem a melhor música do disco a “Naufrago”, digo tanto por instrumental, quanto pelo canto e os encantos que ela transparece, a música é um encaixe perfeito da banda, a letra te toca de uma forma que é genial, como no começo proclama “Existe mais alguém? Ou estou sozinho nesse mar? Navego mais além pra nesse mapa me encontrar!” e você já fica todo mexido porque atrás disso tem toda batida e eletricidade passando de tudo que a banda tem, além que a música não tem oscilações de altura do som, eles mantém ele lá em cima do começo ao fim, é o maior destaque do disco e da banda! Mas se naufrago é o destaque do disco, agora vem a mais linda música de todas que tem nesse disco, estou falando de “Tiro cego” que é a carta de amor que a banda passa para nós, algo que transparece tanto sentimento que é impossível você não mexer no seu interior e sentir a flor da pele a música, como na parte “Não é um tiro cego, te protejo atiro em mim!” você nota o quão poético é isso? E o quão lindo também é isso, a musica é sem duvida uma das
canções que mais mexe comigo de todas que já escutei, é sensacional o poder e a alma que ela lança para nós, ai finaliza “ Não é um tiro cego, sem um alvo sem um fim, Mesmo tão incerto, te protejo atiro em mim!” e finaliza essa pura emoção. Depois de tanta emoção a banda vem com “Loucure-se” que é exemplo do nome todo o resto da música, é uma loucura do começo ao fim, o inicio tem todo um ar de uma música assombrada mas dai entra o Gustavo cantando “Quem vive sem loucura, não sabe o que é ter o real livre arbítrio em si!” e o som continua elétrico do começo ao fim, com um ar de música de filme de terror que faz a música ter um tom muito gostoso de curtir mas com a letra que faz pensar também, como ‘Não siga a luz, não se ela for, seu conforto!” e os arrepios vem à tona, sensacional! Fechando o disco tem “Legado” que é um dos sons mais conhecidos da banda, que também tem uma letra poética como quase todas da banda mas traz um ritmo diferente das demais, e nele é difícil comparar com alguma outra banda, é muito único, é muito Scalene, como na parte “Só me sentirei (Só me sentirei), Pronto pra partir (Pronto pra partir), Quando me doar, (Quando me doar) pelos outros ser, Ser, ser, ser, se!” e tem a batida final do disco. Assim o disco finaliza, é um disco fechadinho e muito bom, a banda é um sopro de que a música vive muito bem no nosso país, só temos de começar a valorizar mais o trabalho daqui! Vale cada segundo o disco, vale a pena comprar o disco físico que tem uma arte muito legal e assim você fortalece a cena do som autoral!




Abaixo o link pra download do disco, da loja da banda e da música que é puro sentimento




http://www.lojascalene.com.br/

http://www.cdedvd.org/rock/scalene/eter



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