Dessa vez vamos falar de uma das melhores e mais poéticas banda
brasileira, se trata da Scalene e todo seu peso na música. A banda de Brasília
é uma das fagulhas de um fogo que o rock não apaga no nosso pais, é mais uma
que vive o bom som e luta pra que não acabe a revolução da arte dia após dia. A
banda foi formada em 2009 e já tem três discos de estúdio, esse o Éter é o mais
recente que foi lançado no ano de 2015. A banda é um tom diferente de muitos
sons que já se passaram no nosso país, é uma pegada bem melódica mas com riffs
e batidas um tanto quanto pesadas, fazendo uma
mescla perfeita e inconfundível aos
ouvidos de fãs. Com esse disco a banda conquistou o Grammy Latino de
melhor álbum de rock em língua portuguesa. Pra começar os destaques do disco já
é a primeira canção do disco, a carta de superação em vida denominada “Sublimação”
que é a típica música que você escuta em todo lugar, mas em um determinado
momento em sua vida com certeza vai te fazer repensar e avançar um degrau onde
você está, o degrau do medo, ela pode te auxiliar a pula-lo como na parte “Você
que diz até onde vai, cada limite um novo começo, infinitas chances vão surgir,
se permitir!” e os arrepios juntos de todos os instrumentos te inflando, é
sensacional! O segundo som de destaque é “O peso da pena” que tem um tom mais
baixo e mais pesado, as linhas do baixo vem mais a tona com o Lucas (baixista)
onde tem todo aquele tom de stonner pesado e com a letra forte junto com os
riffs que o Tomas (guitarrista) traz a todo momento. O terceiro destaque vem
pra “Histeria” que já começa elétrica e com o “Gustavo” (vocal/guitarra)
ditando o ritmo frenético
que é a música, lembrando um tanto quanto um Metallica
principalmente no disco St. Anger, onde a frenesia da guitarra junto da letra
fez jus ao que se tornou, mas na histeria da Scalene vem com a letra “De olhos
aberto, Deixa lhe devorar, Qual o seu limite?, Até onde vai?” e o “Philipe” vai
só marretando na bateria até tudo acabar. O próximo destaque fica por “Gravidade”
que começa com um piano junto da bateria, e algumas palavras proclamadas pelo Gustavo,
é o som mais tranquilo e gostoso de se escutar em um momento, mas chega uma
parte que tudo explode, junta todos os elementos da banda e vira um frenesi
total, vem com “Minha gravidade é a
chave que mantém, nunca me encontrou!” e parece que explode e acaba, é formidável.
Talvez agora vem a melhor música do disco a “Naufrago”, digo tanto por
instrumental, quanto pelo canto e os encantos que ela transparece, a música é
um encaixe perfeito da banda, a letra te toca de uma forma que é genial, como
no começo proclama “Existe mais alguém? Ou estou sozinho nesse mar? Navego mais
além pra nesse mapa me encontrar!” e você já fica todo mexido porque atrás disso
tem toda batida e eletricidade passando de tudo que a banda tem, além que a
música não tem oscilações de altura do som, eles mantém ele lá em cima do
começo ao fim, é o maior destaque do disco e da banda! Mas se naufrago é o
destaque do disco, agora vem a mais linda música de todas que tem nesse disco,
estou falando de “Tiro cego” que é a carta de amor que a banda passa para nós,
algo que transparece tanto sentimento que é impossível você não mexer no seu
interior e sentir a flor da pele a música, como na parte “Não é um tiro cego,
te protejo atiro em mim!” você nota o quão poético é isso? E o quão lindo
também é isso, a musica é sem duvida uma das
canções que mais mexe comigo de
todas que já escutei, é sensacional o poder e a alma que ela lança para nós, ai
finaliza “ Não é um tiro cego, sem um alvo sem um fim, Mesmo tão incerto, te
protejo atiro em mim!” e finaliza essa pura emoção. Depois de tanta emoção a
banda vem com “Loucure-se” que é exemplo do nome todo o resto da música, é uma
loucura do começo ao fim, o inicio tem todo um ar de uma música assombrada mas
dai entra o Gustavo cantando “Quem vive sem loucura, não sabe o que é ter o
real livre arbítrio em si!” e o som continua elétrico do começo ao fim, com um
ar de música de filme de terror que faz a música ter um tom muito gostoso de
curtir mas com a letra que faz pensar também, como ‘Não siga a luz, não se ela
for, seu conforto!” e os arrepios vem à tona, sensacional! Fechando o disco tem
“Legado” que é um dos sons mais conhecidos da banda, que também tem uma letra
poética como quase todas da banda mas traz um ritmo diferente das demais, e
nele é difícil comparar com alguma outra banda, é muito único, é muito Scalene,
como na parte “Só me sentirei (Só me sentirei), Pronto pra partir (Pronto pra
partir), Quando me doar, (Quando me doar) pelos outros ser, Ser, ser, ser, se!”
e tem a batida final do disco. Assim o disco finaliza, é um disco fechadinho e
muito bom, a banda é um sopro de que a música vive muito bem no nosso país, só
temos de começar a valorizar mais o trabalho daqui! Vale cada segundo o disco,
vale a pena comprar o disco físico que tem uma arte muito legal e assim você
fortalece a cena do som autoral!
Abaixo o link pra download do disco, da loja da banda e da música que é puro
sentimento
http://www.lojascalene.com.br/
http://www.cdedvd.org/rock/scalene/eter
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