sábado, 15 de abril de 2017

Muse em Drones


A banda britânica lançou seu sétimo disco em 2015, com uma pegada  mais eletrônica e com menos distorções de guitarra, fez um disco que agradou multidões. Desde entrevistas em meados de 2013 o vocalista já comentava que em shows a banda já estava
experimentando mais teclados, alguns efeitos nas músicas e fugindo um pouco da música convencional, tentando dar uma nova cara ao som da banda e talvez uma nova identidade aos fãs, atraindo novos e cativando os antigos. Ao comentar sobre o disco quando estava pra ser lançado, a banda comentou que se trata de uma jornada de Drones que comandam os humanos, que na verdade são outros humanos, todos comandando e sendo comandados, traçando assim uma história do começo ao fim do disco, de perdas e alentos da vida. Em 2016 o disco recebeu o prêmio Grammy de melhor disco de rock, além de ser bem recebido pela maioria dos críticos de música espalhados pelo mundo. Agora vamos começar os destaques do disco, não tinha como ser diferente, a primeira música “Dead inside” é o ponto de partida de uma viajem para o interior do ser, no caso na música ele tenta tratar de alguém que perdeu tudo e está de fato morto por dentro, sendo apenas uma carcaça, como “I see magic in
your eyes, On the outside you're ablaze and alive, But you're dead inside!” nesse som você já nota muito do eletrônico que a banda havia prometido mas também tem riffs apaixonantes e distorções que são característicos da banda. Agora vamos de “Psycho” que inicia com um general dando ordens a um soldado ordenando e gritando com o mesmo, falando que ele responde apenas ao sistema e não mais a sua consciência, assim começa esse som que talvez seja o mais pesado do disco, a bateria de conjunto com o baixo já dão uma linha diferente, entrando a guitarra e alguns acordes mais baixos, tendo todo um tom puxado pra um stoner até, dai começa a letra e explode depois com “I'm gonna break you, I'm gonna make you, A fucking psycho!” vai voltando com ordens do general falando que ele seria um drone humano que só responde ações, e no fundo o som da banda arrebentando tudo em volta, é pesadíssimo! Agora é o ponto alto na minha opinião do disco, estou me referindo a linda “Mercy” que começa com um tecladinho e alguns toques, e vai parecendo que a euforia dentro da música vai aumentando conforme o tempo passa, entrando todos os elementos da banda, ficando em uma batida e o vocalista “Meeeeeeeeeercy, Meeeeeeeeercy, Show me mercy, from the powers that be, Show me mercy, can someone rescue me?” e tudo exatamente tudo explode como se fosse cósmico, assumo
sentir um pouco de emoção ouvindo essa música, sempre sinto uma vibração diferente na minha cabeça quando estou escutando, porque depois disso ela não abaixa o tom e a voz do Matthew que se mistura com a guitarra vai em um nível que puquissimos vocalistas conseguem alcançar, fazendo você se arrepiar do começo ao fim da música, é linda demais. Agora vamos de ‘Reapers” que é bem maluca, começa com um solo de guitarra pra lá de característico da banda, e a bateria e o baixo vem entrando de fundo como uma sinfonia metálica, que é a forma como eu denomino a banda, e as elevações que a música tem dá vontade de mexer sem parar, como na parte “I’m just a pawn, And we’re all expendable, Incidentally, Electronically erased, By your, Drones!” e começa toda um onda cósmica dentro do som, é energia demais além de ter o melhor solo do disco, com umas ondas que pelo amor de deus!!! Após essa onda de pura energia vem em destaque “Defector” que é um som bem gostoso de curtir, tem muita guitarra como de característica da banda e muito sintetizador também, eles souberam unir ambos de uma forma sem deixar forçado nem muito eletrônico, fizeram um conjunto perfeito. Agora vem a balada da banda que é “Revolt” que seria o marco da história onde todos os humanos de coração se rebelariam contra os drones e começariam a voltar ao normal, daí tem umas pequenas explosões no som quando ele solta “You’ve got strength, you’ve got soul, You’ve felt pain, you’ve felt love, You can grow (you can grow), you can grow (you can grow), You can make this world what you want, You can revolt!” como se fosse a música de
motivação a sair de dentro dos casulos que nos aprisionam. Seguido vem com “Aftermath” que seria a música mostrando em como a guerra pode destruir tudo ao redor em que ela está, é um após da tragédia o que se pode fazer, como “We've gone against the tide, All we have is each other now, I am coming home now, I need your comfort, From this moment..” como se fosse um soldado voltando de sua guerra aos braços de sua amada, o clipe junto da música se tornam algo emocionante, vale muito a pena conferir! Pra fechar o disco temos “The Globalist” que começa com um som de chuva e um assobio, com todo um teor bem melancólico, seguido entra a voz e alguns acordes e uma pancadas na bateria, na letra vai falando como se nada tivesse sobrado e um sobrevivente tivesse um código e virado um drone, e começa uma pancadaria na banda entre os instrumentos e fica bem pesado, o baixo vem mostrando a que veio, ai tudo se acalma de novo e entra o teclado e fica só no fundo uma guitarra bem suave, coma letra pesada “A trillion memories, Lost in space and time for ever more, I just wanted, I just needed to be loved.” assim fechando essa música cheio de ondas! O disco é muito bom e deve ser curtido do começo ao fim, tem músicas que pra sempre farão parte de sua playlist com toda certeza, além de algumas letras que te faram pensar em muita coisa, é um disco pesado em questão de letra pois retrata alguns pontos errados em que vivemos da cidadania, isso faz da banda algo maior ainda do que parece! Pra sempre Muse vai ser das bandas que vão te tocar pelo instrumental e te fará pensar pelas letras, como referido lá em cima, eles são uma perfeita sinfonia metálica.




Abaixo link para download do disco e uma das músicas mais bonitas!



https://www.4shared.com/zip/lB6JleBUba/_2015__Drones.html


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