Senta ai que la vem pedrada, o novo disco do The Used é uma
porrada das grandes na nossa mente, a banda não se cansa, faz mais de quinze
anos que estão na estrada e com inúmeros discos e reinvenções constantes.
Com isso chegou essa obra cheio de força, mutável e com muita atitude como
sempre, então fique confortável e curta os cinco motivos!
Quase impossível uma banda continuar na estrada por tanto
tempo e ainda manter a essência em si, poucas bandas conseguem isso, pois bem,
The Used conseguiu com maestria e com o comandante dessa barco mostrando mais
uma vez como a potência vocal importa muito sim em gritos de uma revolução necessária.
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Os discos depois de um tempo ficam bem distintos do som em primórdios
das bandas, até mesmo no antecessor (The Canyon), já notava que a banda estava
bem diferente, mas nesse novo disco eles conseguiram trazer vertentes desde do
primeiro disco e mesclar com uma onda atual que a banda já vinha produzindo,
transformando natural aos fãs mais antigos até os mais novos.
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Há diversas participações nas canções do disco e nas
produções em si, como Mark Hoppus e Travis Barker do Blink-182, Jason Butler do
Fever 333, John Feldmann do Goldfinger que ficou nas produções, mas o legal que
até mesmo nas músicas com participações você escuta puramente a banda, sem
perder em si sua essência.
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O disco foi gravado em três etapas bem distintas uma das
outras, fazendo um processo bem natural, na última etapa a criatividade era
tanto que flui de uma forma que criaram mais de 20 músicas, sendo que algumas
foram guardadas para projetos futuros por não encaixar nas melodias do “Heartwork”.
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Agora alavancando as quatro principais faixas do disco
pessoalmente, começo com “Paradise Lost, a poem by John Milton” que traz muito
tudo aquilo que eu disse ali em cima, traz as guitarras e a bateria bem rápidas
como dos primeiros discos, mas tem um toque a mais “eletrônico” dos novos
discos e a voz incrível do Bert seguindo e conduzindo você em uma alucinante
viagem a um meteoro, a música te excita a fazer tudo ao mesmo tempo, um frenesi
intenso. Depois coloca ai bem alto “Blow
Me” que é um grito de revolução revelando alguns fantasmas que ecoavam dentro
da banda em si, questionando se chegando lá temos a coragem de tomar a atitude
em si, e o peito que a banda teve de percorrer tudo mesmo contra e se opondo a
todo um sistema encontrado principalmente na América. Segue agora com “Gravity’s
Rainbow” que vem
com um som de opera no início e o violino em alto e bom som,
de repente estoura tudo com o instrumental de praxe da banda e vem uma explosão
total, a fala do vocal contando uma história mesclam a música inteira em uma
intensa onda em tranquilidade e intensa aceleração. Coloque o som bem alto e
vem gritar com “The lottery” que é o puro The Used meados de 2000, vem forte e
cheio de atitude mas com um toque bem suave no vocal em algumas horas com o
Bert, sabendo usar das frase suas maiores amigas ao descrever uma loucura, a
música no meio vira um new metal, antes da explosão vem um baixinho “Please don’t
hurt me” e de repente EXPLODE TUDO, é muito intenso pra descrever, escutem e
sintam. Não tem como deixar de comentar, então o bônus vai com “Wow, i hate
this song”, que é uma melancolia pura em sua letra mas o instrumental é leve de
certa forma, algumas explosões jogando a guitarra e a bateria em um volume
intenso enquanto o vocal solta muitos screamos, fazendo um som delicioso de
cantarolar, mas a letra em si aparenta falar do peso em escrever, em expor a
dor, em sentir muito tudo mas ser o único modo de tirar aquilo do peito em si, como
se fosse a pílula para todo problema que encontra, eu acho o Bert um dos
maiores poetas musicais de nossa geração, e essa música merece muito a atenção lírica!
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