A banda Scalene de Brasília fez uma passagem rápida mais
pesada no interiorzão do Paraná, isso eles tocaram e destruíram tudo em Campo
Mourão, mais precisamente na ultima sexta feira, no dia 11 de setembro de 2015.
Show mais energético não existe, show daqueles que você sai com as letras na
cabeça, show que pode mudar sua vida, não entendo o porquê negar isso. Mas
vamos por partes, como diria um grande filosofo, Jack o estripador.De inicio teve um baita show de abertura surpreendendo a
todos no local, a banda Animália tocou e representou a cidade, fazendo todos já
ficar ligado que a noite seria da pesada! Fizeram covers conceituados de Legião
Urbana até Foo Fighters, e ainda mandaram um som autoral de qualidade.
Voltando ao show da Scalene de inicio você já sentia uma pancada
na cabeça, eles vêm com as letras lindas e pensativas, deixando todos no lugar
dançantes e afoitos pelo que poderia vir. A banda tem uma sintonia que não
parece ser desse mundo, uma sincronia que devem treinar todo santo dia para que
façam aquilo ou são feitos para tocar um com o outro mesmo, a voz entra junto
com os acordes de guitarra, seguido da
batida da bateria e o encaminhamento do
baixo por trás, e os solos de guitarra pra explodir, não é coisa desse mundo,
definitivamente é surreal. A platéia se contagiava a cada fala que o Gustavo
(vocal) pronunciava, afinal ele cantando você não recebia muito como canção, e
sim como uma pessoa que estava tentando passar uma mensagem pra todos que
estavam no lugar, dizendo a cada três palavras que todos podemos, e todos vamos
ser algo e alguém. As batidas do Philipe (baterista) fazem a mensagem ganhar um
ritmo fora do normal, aquele sentimento e aqueles calafrios que você tem ao
ouvir uma música, todo o ritmo é causado por toda pancada que ele da na
bateria, e a sincronia da banda continuava. Ai vem às linhas do baixo tocadas
pelo Lucas Futado “lukão” (baixista) que da o suporte total para a banda mudar
a trajetória de todo o sentimento expresso ali, da o suporte para a mensagem
contagiar a todo ser vivo que estava no show, além de ele em si contagiar com
sua euforia expressa em pulos, caretas, e intimações com olhares para você
notar que ali não era apenas música, ali tinha magia. E por vem Tomas
(guitarrista) que coloca o fogo na música, é ele que faz a guitarra falar com
todos, faz com que a música seja tocada de uma forma acelerada e explosiva ao
mesmo tempo, da o suporte e distorce todo riff que pode, ele muda a trajetória
da música para o seu ouvido, ao invés de suavizar ele a faz explodir em você, e
além de tudo ele chama a platéia para o show a cada segundo que olha pra você,
é surreal.
Sobre o que tocaram, eles tocaram desde suas músicas mais
conhecidas, como músicas que não são das mais populares, mas o incrível era que
todo o público se contagiava pela canção em si, por tudo que ela transparecia.
Tocaram quase na integra o ultimo cd lançado o denominado “Éter” com os hits
Tiro cego, Sublimação, Naufrago entre vários outros. Também foi tocado bastante
do CD Real/Surreal, com a pesadíssima Danse Macabre, até mesmo a mais doce
Amanheceu, a magia contagiante da Surreal e a pancada na cabeça da Marco Zero, e o grito de revolução com Forma Padrão.
Um show completo do inicio ao fim, fazendo ondas de euforia ir do 0 ao 100 em
fração de segundos, fazendo te ligar a banda a todo o momento.

Assim foi o Scalene em Campo Mourão, transformando uma noite
gelada de Sexta feira, em uma noite fervente que jamais vai ser esquecido por
todos que ali estavam.
Matheus Emilio Hodniuk.
Créditos pelas fotos: Lara Oliveira.
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