sábado, 3 de junho de 2017

Foo Figthers em Sonic Highways


A banda tendo lançado um single essa semana, a maluca “Run”, resolvi falar do último disco lançado e talvez esperar que o próximo seja cheio de particularidades como foi. Esse disco é meio que aquelas revoluções que acontecem de diversos em diversos anos, não é algo rotineiro, pois onde já se viu sair com a banda de semana em semana em uma cidade, e produzir músicas do zero para que virassem um som bem feito? Não é algo normal, mas o Foo Fighters fez com maestria, mas não vou me ater nas cidades e todo o projeto por trás pois já tem matéria bem detalhada sobre como o disco foi feito em
si, aqui quero falar mais das músicas em si. Nada mais que o oitavo disco da banda, lançado no fim de 2014, conta com oito músicas, tendo uma recepção controversa de críticas, que ou amavam o disco ou achavam morno demais. Vamos começar, de início temos nada mais nada menos que um dos hits da banda, “Something from nothing” e toda a sua pedrada que tem, a guitarra tem o fator principal nessa música até acima que o normal que já é da banda, rola algumas distorções que não é em todas as músicas, o Dave canta mais gritado do que nunca boa parte da música pois a mensagem que ele tem de mostrar no som precisa de algo forte e cheio de sentimento, como na parte “You'll never make me change my name, Pay no mind now ain't that something, Fuck it all, I came from nothing, I'm something, From nothing!” e no fundo rola umas distorções incríveis, deixando um ar de melhor música do disco, mas calma. Agora vem o hardcore raiz com “The feast and the famine”, bem uma pegada mais das antigas da banda, com toda aquela rapidez que os primeiros discos contavam mas com um timbre diferente no vocal, talvez um som mais rouco do que era antes, afinal ninguém mais tem 20 anos na banda, e sim 20 anos na estrada com a banda, assim sendo a música é rápida e direta, trata de diversos aspectos do que rola no
mundo, é gravada em Washington onde teve uma revolução na época em que queriam implementar o Funky junto do Punk, sendo que o Hardcore já existia em meados de 80, fazendo toda essa mistura se evidenciar na música. Abra seu coração antes de ouvir esse som, ai você vai conseguir sentir tudo que cada linha tenta de inspirar, agora é hora de “Congregation” a minha música favorita no disco, ela tem ondulações do começo ao fim, as batidas do Taylor fazem com que te bombeie mais sangue pelo seu corpo, o ritmo impulsionado pelo Nate te fazem a conduta perfeita, a base das guitarras com o Dave e o Pat são a conduta perfeita pra colocar a letra, além das distorções e solo que fica por conta do Chris, talvez seja das minhas 5 músicas favoritas da banda na história, a letra é realmente tocante, como quando todos os elementos já estão apresentados e rola um clímax no meio, vem uma batida desacelerando deixando em evidencia a voz e uma guitarra proclamando “Where is your blind faith?, No false hope, No false hope, Open your eyes, Open your eyes, Step into the light!” vai grite junto com o dave e se deixe percorrer todo esse calafrio que é possível de sua alma, eu fico sem palavras pra terminar essa música.  Agora uma cômica novela com “What Did I Do?/God as My Witness” que conta a história de uma cidade que lutou para que a
música continuasse viva, pedindo aos céus o que deveriam fazer para manter o som alto que sua alma atormentava mantinha, além de que é um estilo opera rock com toda a percussão de ritmos tanto das guitarras quanto da bateria, que faz o som ter uma quebra no meio como se fosse uma união de duas músicas ou dois episódios, é algo formidável de se escutar e imaginar toda a história. Próximo destaque do disco fica pra mais gostosa e uma das mais sentimentais da banda, é a “In the clear” que brinca com seu cérebro do início ao fim, ela foi gravada em New Orleans onde o Jazz reina até hoje e você pode notar toda a influência dentro dessa música, o saxofone, as batidas na bateria, o ritmo que é levado na música é tudo um belo jazz melódico com a pitada hardcore que o Foo Fighters nunca deixou de ter, além da letra te tocar com “There are times I feel like giving in, There are times I begin to begin again, Look outside, the world keeps spinning like a paddle wheel, Rolling for the broken hearted waiting on the heal..” e o som vai se desmanchando e você vai se encontrando dentro das linhas tênues que ali estão, o ritmo aumenta como a preparação de uma explosão em “And if I should drown, May this be the sound, To wash me out!” e o coro atrás vem com “Oooooh Oooooh Oooooh” e fica uma sensação única em curtir esse som. Agora pra fechar com chave de ouro os destaques do disco vamos com a
última, “I am a river” e todo o seu encanto do início ao fim. Começa com um agudinho bem leve da guitarra que fica pelo ar por um tempo, fazendo aos poucos todos os elementos da banda irem se aproximando, como se estivessem entrando no palco devagar, e vem a voz que já te faz emocionar “There is a secret, I found a secret, Behind a soho door...” só de ouvir já me deixa com dificuldades em falar desse som, tem todo um sentimento incrível por trás dessa música, ela é forte, cheio de potência espiritual com toda a certeza, fazendo você viajar como se fosse um hino, um hino de amor que tende a se estender a todos que você possa estar por perto, tentando mostrar que somos alguma coisa corrente que não paramos, nunca no universo nós paramos. Além do tom forte, a música conta com a participação de uma orquestra que consegue terminar de abrir seu coração de vez te fazendo sentir tudo ao mesmo tempo, como no fim quando ele fala “Is that what you want, Is that what you really want, I, I, I am a river!” e explode todos os instrumentos ao mesmo tempo, você nem consegue se identificar pois já está lá dentro do som, você faz parte da música e vira apenas um sentimento, é inimaginável ou impossível descrever o que acontece ao escutar o som, então escute bem alto! Assim termina os destaques do disco, ainda tem mais algumas músicas mas de ponto forte em minha opinião são essas, espera que curtam o disco e a matéria. Vale a pena adquirir, além de assistir o documentário que tem muitas curiosidades por trás de toda a gravação. 


Abaixo link para download e um dos singles do disco



http://www.euescuto.com.br/2014/11/08/foo-fighters-sonic-highways-2014-download/


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PS: Quando o disco foi lançado eu fiz 8 contos, cada um com uma música como se fosse a narração da história do disco em si, quem tiver curiosidade é só pedir na pagina que eu disponibilizo em PDF.

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