A banda tendo lançado um single essa semana, a maluca “Run”,
resolvi falar do último disco lançado e talvez esperar que o próximo seja cheio
de particularidades como foi. Esse disco é meio que aquelas revoluções que
acontecem de diversos em diversos anos, não é algo rotineiro, pois onde já se
viu sair com a banda de semana em semana em uma cidade, e produzir músicas do
zero para que virassem um som bem feito? Não é algo normal, mas o Foo Fighters
fez com maestria, mas não vou me ater nas cidades e todo o projeto por trás
pois já tem matéria bem detalhada sobre como o disco foi feito em
si, aqui
quero falar mais das músicas em si. Nada mais que o oitavo disco da banda,
lançado no fim de 2014, conta com oito músicas, tendo uma recepção controversa
de críticas, que ou amavam o disco ou achavam morno demais. Vamos começar, de início
temos nada mais nada menos que um dos hits da banda, “Something from nothing” e
toda a sua pedrada que tem, a guitarra tem o fator principal nessa música até
acima que o normal que já é da banda, rola algumas distorções que não é em
todas as músicas, o Dave canta mais gritado do que nunca boa parte da música
pois a mensagem que ele tem de mostrar no som precisa de algo forte e cheio de
sentimento, como na parte “You'll never make me change my name, Pay no mind now
ain't that something, Fuck it all, I came from nothing, I'm something, From
nothing!” e no fundo rola umas distorções incríveis, deixando um ar de melhor
música do disco, mas calma. Agora vem o hardcore raiz com “The feast and the
famine”, bem uma pegada mais das antigas da banda, com toda aquela rapidez que
os primeiros discos contavam mas com um timbre diferente no vocal, talvez um
som mais rouco do que era antes, afinal ninguém mais tem 20 anos na banda, e
sim 20 anos na estrada com a banda, assim sendo a música é rápida e direta,
trata de diversos aspectos do que rola no
mundo, é gravada em Washington onde
teve uma revolução na época em que queriam implementar o Funky junto do Punk,
sendo que o Hardcore já existia em meados de 80, fazendo toda essa mistura se
evidenciar na música. Abra seu coração antes de ouvir esse som, ai você vai
conseguir sentir tudo que cada linha tenta de inspirar, agora é hora de “Congregation”
a minha música favorita no disco, ela tem ondulações do começo ao fim, as
batidas do Taylor fazem com que te bombeie mais sangue pelo seu corpo, o ritmo
impulsionado pelo Nate te fazem a conduta perfeita, a base das guitarras com o
Dave e o Pat são a conduta perfeita pra colocar a letra, além das distorções e
solo que fica por conta do Chris, talvez seja das minhas 5 músicas favoritas da
banda na história, a letra é realmente tocante, como quando todos os elementos
já estão apresentados e rola um clímax no meio, vem uma batida desacelerando
deixando em evidencia a voz e uma guitarra proclamando “Where is your blind
faith?, No false hope, No false hope, Open your eyes, Open your eyes, Step into
the light!” vai grite junto com o dave e se deixe percorrer todo esse calafrio
que é possível de sua alma, eu fico sem palavras pra terminar essa música. Agora uma cômica novela com “What Did I
Do?/God as My Witness” que conta a história de uma cidade que lutou para que a
música continuasse viva, pedindo aos céus o que deveriam fazer para manter o
som alto que sua alma atormentava mantinha, além de que é um estilo opera rock
com toda a percussão de ritmos tanto das guitarras quanto da bateria, que faz o
som ter uma quebra no meio como se fosse uma união de duas músicas ou dois episódios,
é algo formidável de se escutar e imaginar toda a história. Próximo destaque do
disco fica pra mais gostosa e uma das mais sentimentais da banda, é a “In the
clear” que brinca com seu cérebro do início ao fim, ela foi gravada em New
Orleans onde o Jazz reina até hoje e você pode notar toda a influência dentro
dessa música, o saxofone, as batidas na bateria, o ritmo que é levado na música
é tudo um belo jazz melódico com a pitada hardcore que o Foo Fighters nunca
deixou de ter, além da letra te tocar com “There are times I feel like giving
in, There are times I begin to begin again, Look outside, the world keeps spinning
like a paddle wheel, Rolling for the broken hearted waiting on the heal..” e o
som vai se desmanchando e você vai se encontrando dentro das linhas tênues que
ali estão, o ritmo aumenta como a preparação de uma explosão em “And if I
should drown, May this be the sound, To wash me out!” e o coro atrás vem com “Oooooh
Oooooh Oooooh” e fica uma sensação única em curtir esse som. Agora pra fechar
com chave de ouro os destaques do disco vamos com a
última, “I am a river” e
todo o seu encanto do início ao fim. Começa com um agudinho bem leve da
guitarra que fica pelo ar por um tempo, fazendo aos poucos todos os elementos
da banda irem se aproximando, como se estivessem entrando no palco devagar, e
vem a voz que já te faz emocionar “There is a secret, I found a secret, Behind
a soho door...” só de ouvir já me deixa com dificuldades em falar desse som,
tem todo um sentimento incrível por trás dessa música, ela é forte, cheio de potência
espiritual com toda a certeza, fazendo você viajar como se fosse um hino, um
hino de amor que tende a se estender a todos que você possa estar por perto,
tentando mostrar que somos alguma coisa corrente que não paramos, nunca no
universo nós paramos. Além do tom forte, a música conta com a participação de uma
orquestra que consegue terminar de abrir seu coração de vez te fazendo sentir
tudo ao mesmo tempo, como no fim quando ele fala “Is that what you want, Is
that what you really want, I, I, I am a river!” e explode todos os instrumentos
ao mesmo tempo, você nem consegue se identificar pois já está lá dentro do som,
você faz parte da música e vira apenas um sentimento, é inimaginável ou impossível
descrever o que acontece ao escutar o som, então escute bem alto! Assim termina
os destaques do disco, ainda tem mais algumas músicas mas de ponto forte em
minha opinião são essas, espera que curtam o disco e a matéria. Vale a pena adquirir,
além de assistir o documentário que tem muitas curiosidades por trás de toda a
gravação.
Abaixo link para download e um dos singles do disco
http://www.euescuto.com.br/2014/11/08/foo-fighters-sonic-highways-2014-download/
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PS: Quando o disco foi lançado eu fiz 8 contos, cada um com uma música como se fosse a narração da história do disco em si, quem tiver curiosidade é só pedir na pagina que eu disponibilizo em PDF.
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