A banda está em uma das suas fases de mudança, deixando o lápis
no olho de lado e todo peso de um emo hardcore, se transformando em uma banda
super madura e com um trabalho fechadinho em
todos os lados, o disco é a obra
prima da banda. Cheio de guitarras que faltava na banda em diversas músicas, o
abaixar o tom e deixa um solo conduzir tudo no percurso, é resultado da troca
de um integrante principal, Justin Shekoski vem à tona para mostrar o que um
bom dedilhado na guitarra pode mostrar muita emoção além de berros e
velocidade, talvez a ponta que transformou a banda. Bert ainda tem toda a ginga
para ser um frontman perfeito, ele encanta com seu jeito e canta como poucos,
transformando agudos em graves em questão de segundos, a banda está mais
encaixada, a batida entra junto do baixo de forma mais ampla e mais fácil, os
gritos permanecem mas entram em pontos em que as letras pedem que se expressem
em gritos mesmo, onde o coração palpita tão rápido que você quer gritar junto. As
melodias estão trabalhadas, as composições em geral são bem diferente de tudo
que se possa ter escutado da banda, tendo em diversos momentos até toques mais clássicos,
mas ainda tem a pontinha de The Used que sempre te transcende para fora do seu
corpo.
O disco foi o sétimo álbum de estúdio da banda, que havia tirado um
tempo de férias para gravações
e começaram a se dedicar mais em seus próprios projetos
paralelos, em artes em geral, mas a partir do momento que resolveram colocar a
mão na massa se fecharam e só deram pistas a partir do lançamento do single “Over
and Over again”. O nome do disco é extremamente particular para o vocalista,
que o denominou por ser o local onde na infância conseguia ter a paz necessária
com sua família, fazendo esse disco ser repleto de emoção e muita e muita
paixão, dá pra notar de longe que é o disco com a alma de todos os integrantes,
e não somente o melhor disco deles.Até o momento foram lançados clipes para o single já citado
Over and Over again” e para a “Rise up lights” que tem um charme que lembra a
banda mais antiga, mas como disse tem tudo novo dentro de cada integrante, que
deixa o disco mais denso e prazeroso de se escutar.
Agora vamos fazer aquele breve relato do disco em si, das
músicas, o que no fim é o mais importante. Levantei cinco músicas que devem
fazer parte de sua playlist gostando ou não da banda, pois quem tiver um
apreço, nem que mínimo, pela banda vai gostar do disco completo. Mas vamos lá,
de
primeira lhe mando “Funeral Post” que foi a primeira do disco também que me
chamou a atenção, tendo uma pegada no início bem calma levemente puxada para um
jazz, trazendo um baixo bem alto e algumas batidas na bateria, a música retrata
de algo que o atormenta mas ele quer que vá de uma vez por todas embora, seja o
tormento de uma memória passada que voa longe, e nunca volta, sem as promessas
em que não acredita mais, tendo junto muitos solos, bateria super forte e um
ótimo baixo nesse som, é o destaque! Depois seguimos com “Upper falls” que é a
mais emocionante do disco, não sabemos ao certo a quem foi escrita
sinceramente, mas tem o mais próximo que foi a um amigo de Bert ou até mesmo
para Kurt Cobain, isso mesmo, em trechos da música lhe faz a menção como “I see
a loaded gun, I can't take anymore, I see the truck parked up in the canyon, With
nobody home!” é forte e é impossível não se emocionar com o vocal do Bert do início
ao fim que muda de gritos a agudos que entram em sua alma, é realmente a música
mais bonita do disco. Depois vou colocar “The divine abscence” como daquele som
que fica dentro da sua cabeça por vários e vários dias, que
poderia ter sido
single da banda também, porque nela você nota muito fácil a diferença na banda,
na falta dos gritos e bagunça instrumental e sim em cada nivelamento perfeito
de todos instrumentos, a batida se junta bonitinho com o baixo, a voz completa
o solo de guitarra, fazendo a mescla de uma base perfeita, além da letra como
em “The rot that hollows out the core, Divines the absence on its own, Death
streets paved in gold, I won’t stay buried forever, One can be more than a
million, This I swear: I will never say sorry, You’ll thank me when this is
over!” e é explosiva do começo ao fim, coloque pra sua alma vibrar, por favor!
O single do disco entra também nos destaques pois é a primeira música da banda
em que sinto leveza em tudo, no instrumental, na harmonia e no vocal, é uma
música descontraída mas cheio de “pegadinhas” na letra, deixando ela claramente
um destaque profundo do disco. Pra fechar os cinco destaques do disco vou
colocar “The nexus” que veio pesadíssima, como uma banda daquelas de metal
sinistra, a guitarra em pausas matando tudo ao redor, o Bert no vocal parecendo
que está contando uma história, o baixo desacelera e explode ao mesmo tempo, e
a bateria cheio de marretadas do início ao fim, é a música mais pesada em
questão instrumental do disco, e ainda de fundo um coral de auxílio a banda
deixa tudo PERFEITO no som, é sensacional! Levantei apenas cinco músicas, mas o
disco contém dezessete músicas, então trate de ouvir tudo e ver se concorda nos
aspectos levantados.
Esse foi um review do disco novo da banda The Used, que se
transformou completamente, mas subiu vários degraus na musicalidade, escuta,
curta, sinta e vibre com a resenha e principalmente com as novas músicas.
https://soundpark.pt/album/torrent-241426-the-used-the-canyon-2017
Chega junto no projeto e nos diga o que achou da matéria!
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