sexta-feira, 14 de maio de 2021

O Carlos em seu Salto Grande


 

Em um papo muito bacana com um amigo de longa data o Caique Fermentão, ou melhor nesse projeto especifico e solo se denomina o Carlos, consegui detalhes de como foi trabalhar nesse novo projeto e como desenvolveu todos os aspectos de criação da arte. Se liga ai que veio quente!

Pandemia e lançar um disco solo

Quando a pandemia começou foi bem complicado (e ainda é) entender tudo o que estava acontecendo. Eu tava vivendo uma realidade que do dia pra noite acabou. Tocava em várias bandas, ensaiava muito, tava sempre no estúdio Costella gravando algo e vivia na estrada tocando. Quando tudo foi colocado em espera por tempo indeterminado sofri muito e por um tempo não quis mais fazer muita coisa. Aí um dia eu pensei que já que não tinha mais nenhuma banda ou projeto rolando, poderia criar o meu. Como eu toco vários instrumentos comecei a criar uma rotina de todo dia tentar criar alguma coisa. As músicas foram saindo e quando vi tinha um disco. 


O surgimento da ideia de um disco solo

Fazia um tempo que eu queria voltar a cantar, tocar guitarra e fazer um som meu. Não pensava necessariamente em ser uma banda ou algo assim, só queria criar algo com a minha cara. O Corona Kings, onde eu fui guitarrista, vocalista e fazia grande parte das músicas e letras, não toca a mais de dois anos e eu ultimamente tinha assumido a bateria de outros projetos em tempo integral. No fim de 2019 eu comecei a fazer umas músicas sozinho em casa por pura saudade de tocar guitarra e cantar. E com o tempo aquilo foi tomando forma.Nessa época a Gabriella, minha namorada, me motivou muito a continuar compondo. Ela vivia falando que eu precisava mostrar aquilo para as pessoas e eu comecei a pegar gosto pela ideia. Um dia eu tomei coragem e mostrei algumas demos minhas pro Alexandre Capilé e na hora ele falou que queria produzir meu disco. Depois de um tempo nos isolamos do mundo no estúdio Costella e gravamos o meu disco em uma semana, e o disco do Ator Morto na outra.

Influencias nas composições

Cara, são várias! O disco disco tem psicodelia, grunge, stoner, Rock’n Roll , música caipira, gritaria e umas baladas. Eu quis tomar posse de tudo que escuto desde criança e fazer uma parada com a minha cara mesmo, sem medo de ser feliz. Algo que mudou bastante, desse meu projeto pros outros que já tinha lançado é que passei a ouvir muito mais música brasileira, e isso entrou bastante no som.Posso dizer também que fui influenciado por pessoas. Tem muitas músicas do disco que escrevi pra pessoas específicas, então acho que as músicas acabam tendo um pouco a cara dessas pessoas.

Caique solo ou apenas mais um projeto?

Engraçado que você até perguntou com “Caique” e esse foi um dos motivos que eu escolhi chamar esse projeto de “O Carlos”. Quando tava pensando no nome do projeto tive essa brisa que o Caique já é o cara das 25 mil bandas e eu queria ser algo novo. Então a resposta da sua pergunta é que o “Caique” continua tocando em todas as bandas e projetos que ele faz parte, com toda a vontade e coração que ele pode ter, e “O Carlos” é só solo. 

O que é esse novo projeto e o que está por vir

Cara, esse disco é fruto de muita coisa que passei nos últimos anos, muita gente que cruzou meu caminho, tá tudo ali pra qualquer um ouvir. Eu coloquei minha vida e alma nas músicas e fechei muita coisa da minha vida nesse disco. Pra mim ele tem muito disso de virar a página e me reencontrar no caminho.Durante o processo de composição dele fui de morrer de rir em algumas músicas até chorar por dias quando escrevi outras. To muito feliz com o resultado final, acho que quem me acompanha e sabe da minha história vai entender o que fiz e o que quis dizer com tudo isso. Com relação ao que está por vir, na quarta que vem já lanço uma live onde eu toquei praticamente o disco todo e todos os instrumentos, fiz a banda toda mesmo. O meu parceiro Denis Carrion dirigiu e filmou a parada toda e já posso te dizer que tá um absurdo de foda.Vou continuar lançando coisas do Carlos ao longo do ano. Mais clipes, lives, mais pra frente gravar músicas novas e ainda tenho que anunciar a banda que vai me acompanhar nessa doideira toda. Aí quando todo mundo tiver vacinado a gente marca de cantar junto as músicas em algum inferninho por ai. 


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