Mais precisamente vamos falar sobre o dia 11 de outubro de
2016, que foi a data que aconteceu a destruição de barreiras do Aerosmith em
Porto Alegre. Que a banda é genial e enérgica até o ultimo suspiro de
qualquer fã, isso não tem como negar, o que pensávamos é que não era tão
absurdo como é na realidade. Pois bem, um dia agradável se deu desde o começo
do dia onze, algumas nuvens no céu, mas nada preocupante a ponto de pensar que
choveria ou algo parecido para atrapalhar o show, era o dia perfeito para uma
noite de muito rock. Então vamos ao show, que foi do inicio da banda até os
maiores clássicos colocando todo fã aos seus ápices e ainda rolando um cover de
Beatles que faz a platéia delirarem. A banda começou com “Back in the sadle”
como já é de praxe de vários shows, nesse momento eu ainda
não acreditava que
estava vendo minha banda de infância tão perto, difícil descrever. O que
restava era tentar acompanhar o ritmo da banda e as loucuras de Steven Tyler no
palco, no auge dos seus 68 anos, com seus pulos danças e maluquices no palco
como se fosse um garotão de vinte e poucos. A ficha foi caindo esperando amansar
a criança interior que gritava dentro de mim, mas a banda não deixou e já mandou
“Love in elevator” uma das músicas mais gostosa de ouvir da banda e agitou a
todos do estádio, até aos zeladores que estavam em serviço, foi lindo de ver
todos na dança. Nesse momento eu cantava, gritava e dançava tudo ao mesmo
tempo, era uma euforia que eu ainda não havia sentido na vida. A banda seguiu
com “Cryin”, "Crazy" e “Kings and Queens” que todas foram loucas de se ver ao
vivo, mas seguido delas veio “Livin on the edge” onde foi o meu ápice de emoção
e eu não consegui me controlar, olhei tudo ao meu redor, cantei o mais alto que
eu pude como se houvesse de alguma forma a sintonia da banda comigo e toda a
emoção que eu sinto nessa letra, quando cantei “And God knows it ain't His, It
sure ain't no surprise, WE’RE LIVIN’ ON THE EDGE!” meus lábios pulsavam mais
que meu coração, eu não agüentei e comecei a chorar e a cantar junto, tudo em
uma única sintonia, tudo feito pela música. Essa música teve um significado
gigantesco em grande parte da minha vida pessoal, nunca imaginei que sentiria o
que eu senti, nunca imaginei viver o que eu vivi, a gratidão exalava de mim por
minhas lagrimas. Seguiu com “Rats” onde eu comecei a respirar um pouco mais e
seguiu com “Dude” que foi sensacional e até consegui gravar uma parte cantando
onde o Steven aponta na direção onde eu estava, nunca vou saber se era pra mim,
mas pra mim foi, então beleza. Depois veio “Song & dance”, “Monkey” e “Pink”
que a banda fez uma lindíssima homenagem ao outubro rosa aqui no Brasil, onde
todos colocaram
um acessório rosa e ao fundo no telão deixaram um laço rosa
enquanto tocavam, foi uma atitude simples mas com muito significado para todos
que estão nessa luta, eu tenho certeza. Chegando com “Rag Doll” e sua batida e
agito que não para um segundo na música, coreografias sendo feitas na platéia
com as mãos, nessa hora eu já me sentia nas nuvens. Depois veio “Stop Messin'
Around” com Joe Perry arregaçando tudo, e agitando todos que estavam vivos no
local. Depois veio uma das maiores músicas de amor com “I don't wanna miss a
thing” que foi uma das coisas mais bonitas que eu vi na minha vida, não
consegui gravar o vídeo de tão dentro da música que eu me encontrava, a cada
frase e a cada acorde batido meu corpo vibrava de tanta emoção que eu estava
sentindo naquele momento, com certeza as imagens na minha cabeça vão ser usadas
pra vida toda! Seguiu na batida com um cover maluco de “Come together!” dos
Beatles, que foi muito bem tocado pela banda por sinal e por todo o coro que
tinha no estádio que cantou e se mexiam durante a música toda, aposto que o
Paul ficaria orgulhoso. Seguiu com “Walk this way” que foi um dos marcos na banda
voltar ao topo das paradas e “Train” antes de darem uma mini pausa para o marco
principal do show. De longe já se percebia um piano lindo branco sendo montado
no palco, uma versão de “Dream on” que me emociono toda vez de escutar foi
tocado em um piano branco, os espaços na cabeça se completaram, assim veio a
banda para tocar a música, sim, era dream on, de novo eu não me aguentei. A
entrada do piano com a guitarra, juntando com todos os elementos da banda,
seguindo a voz do Steven, eu não conseguia pensar muito bem só estava tentando
me prometer curtir até o último segundo daquela música, que sim é a música que
eu sempre amei e pra sempre vou amar. Cada estrofe era um calafrio, cada pausa
de uma letra a outra era um suspiro, mas ai vem “Sing with me, If it's just for
today, Maybe tomorrow the good lord will take you away...” ai veio o completo ápice
de emoção, o Steven sobe em cima do piano e proclama “ DREAM ON, DREAM ON,
DREAM ON, AND DREAM UNTIL YOUR DREAM COMES TRUE!” assim eu me acabei, todas as
lágrimas possíveis que poderia sair de mim estavam rolando, toda a emoção que
eu vivi nos últimos tempos, tudo que eu estava me guardando a anos foi
liberado, foi extraído de uma forma mais gostosa que foi sentindo a música, que
fez a marca em meu peito pulsar mais e mais, que me mostrou como viver a música
literalmente me faz viver. Depois dessa música eu não esperava mais nada, já
não precisava de mais nada, mas ainda tinha “Sweet Emotion” e um grande final
com explosões e papeis picados voando pelo estádio todo, parecia uma cena de
filme que eu estava vendo, eu me senti mais realizado do que nunca. Assim
acabou o show, com um sentimento de sonho realizado do tamanho do universo, com
o sentimento de euforia e alegria que não cabia mais em mim, eu estava feliz. Mais um show que o projeto esteve e tomara que continue nessa ordem, sempre a frente!
Agradecimentos: Muito obrigado aos meus amigos que estiveram
ao meu lado, Paulão, Giuliano, Rafaela, Vinicius e Nilson. Alguns mesmo não
sendo tão conhecidos antes, mas depois desse momento com certeza vão ser lembrado
na minha vida, grato a todos.
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