sábado, 15 de outubro de 2016

Precisamos falar sobre o Aerosmith.


Mais precisamente vamos falar sobre o dia 11 de outubro de 2016, que foi a data que aconteceu a destruição de barreiras do Aerosmith em Porto Alegre. Que a banda é genial e  enérgica até o ultimo suspiro de qualquer fã, isso não tem como negar, o que pensávamos é que não era tão absurdo como é na realidade. Pois bem, um dia agradável se deu desde o começo do dia onze, algumas nuvens no céu, mas nada preocupante a ponto de pensar que choveria ou algo parecido para atrapalhar o show, era o dia perfeito para uma noite de muito rock. Então vamos ao show, que foi do inicio da banda até os maiores clássicos colocando todo fã aos seus ápices e ainda rolando um cover de Beatles que faz a platéia delirarem. A banda começou com “Back in the sadle” como já é de praxe de vários shows, nesse momento eu ainda
não acreditava que estava vendo minha banda de infância tão perto, difícil descrever. O que restava era tentar acompanhar o ritmo da banda e as loucuras de Steven Tyler no palco, no auge dos seus 68 anos, com seus pulos danças e maluquices no palco como se fosse um garotão de vinte e poucos. A ficha foi caindo esperando amansar a criança interior que gritava dentro de mim, mas a banda não deixou e já mandou “Love in elevator” uma das músicas mais gostosa de ouvir da banda e agitou a todos do estádio, até aos zeladores que estavam em serviço, foi lindo de ver todos na dança. Nesse momento eu cantava, gritava e dançava tudo ao mesmo tempo, era uma euforia que eu ainda não havia sentido na vida. A banda seguiu com “Cryin”, "Crazy" e “Kings and Queens” que todas foram loucas de se ver ao vivo, mas seguido delas veio “Livin on the edge” onde foi o meu ápice de emoção e eu não consegui me controlar, olhei tudo ao meu redor, cantei o mais alto que eu pude como se houvesse de alguma forma a sintonia da banda comigo e toda a emoção que eu sinto nessa letra, quando cantei “And God knows it ain't His, It sure ain't no surprise, WE’RE LIVIN’ ON THE EDGE!” meus lábios pulsavam mais que meu coração, eu não agüentei e comecei a chorar e a cantar junto, tudo em uma única sintonia, tudo feito pela música. Essa música teve um significado gigantesco em grande parte da minha vida pessoal, nunca imaginei que sentiria o que eu senti, nunca imaginei viver o que eu vivi, a gratidão exalava de mim por minhas lagrimas. Seguiu com “Rats” onde eu comecei a respirar um pouco mais e seguiu com “Dude” que foi sensacional e até consegui gravar uma parte cantando onde o Steven aponta na direção onde eu estava, nunca vou saber se era pra mim, mas pra mim foi, então beleza. Depois veio “Song & dance”, “Monkey” e “Pink” que a banda fez uma lindíssima homenagem ao outubro rosa aqui no Brasil, onde todos colocaram
um acessório rosa e ao fundo no telão deixaram um laço rosa enquanto tocavam, foi uma atitude simples mas com muito significado para todos que estão nessa luta, eu tenho certeza. Chegando com “Rag Doll” e sua batida e agito que não para um segundo na música, coreografias sendo feitas na platéia com as mãos, nessa hora eu já me sentia nas nuvens. Depois veio “Stop Messin' Around” com Joe Perry arregaçando tudo, e agitando todos que estavam vivos no local. Depois veio uma das maiores músicas de amor com “I don't wanna miss a thing” que foi uma das coisas mais bonitas que eu vi na minha vida, não consegui gravar o vídeo de tão dentro da música que eu me encontrava, a cada frase e a cada acorde batido meu corpo vibrava de tanta emoção que eu estava sentindo naquele momento, com certeza as imagens na minha cabeça vão ser usadas pra vida toda! Seguiu na batida com um cover maluco de “Come together!” dos Beatles, que foi muito bem tocado pela banda por sinal e por todo o coro que tinha no estádio que cantou e se mexiam durante a música toda, aposto que o Paul ficaria orgulhoso. Seguiu com “Walk this way” que foi um dos marcos na banda voltar ao topo das paradas e “Train” antes de darem uma mini pausa para o marco principal do show. De longe já se percebia um piano lindo branco sendo montado no palco, uma versão de “Dream on” que me emociono toda vez de escutar foi tocado em um piano branco, os espaços na cabeça se completaram, assim veio a banda para tocar a música, sim, era dream on, de novo eu não me aguentei. A entrada do piano com a guitarra, juntando com todos os elementos da banda,
seguindo a voz do Steven, eu não conseguia pensar muito bem só estava tentando me prometer curtir até o último segundo daquela música, que sim é a música que eu sempre amei e pra sempre vou amar. Cada estrofe era um calafrio, cada pausa de uma letra a outra era um suspiro, mas ai vem “Sing with me, If it's just for today, Maybe tomorrow the good lord will take you away...” ai veio o completo ápice de emoção, o Steven sobe em cima do piano e proclama “ DREAM ON, DREAM ON, DREAM ON, AND DREAM UNTIL YOUR DREAM COMES TRUE!” assim eu me acabei, todas as lágrimas possíveis que poderia sair de mim estavam rolando, toda a emoção que eu vivi nos últimos tempos, tudo que eu estava me guardando a anos foi liberado, foi extraído de uma forma mais gostosa que foi sentindo a música, que fez a marca em meu peito pulsar mais e mais, que me mostrou como viver a música literalmente me faz viver. Depois dessa música eu não esperava mais nada, já não precisava de mais nada, mas ainda tinha “Sweet Emotion” e um grande final com explosões e papeis picados voando pelo estádio todo, parecia uma cena de filme que eu estava vendo, eu me senti mais realizado do que nunca. Assim acabou o show, com um sentimento de sonho realizado do tamanho do universo, com o sentimento de euforia e alegria que não cabia mais em mim, eu estava feliz. Mais um show que o projeto esteve e tomara que continue nessa ordem, sempre a frente!


Agradecimentos: Muito obrigado aos meus amigos que estiveram ao meu lado, Paulão, Giuliano, Rafaela, Vinicius e Nilson. Alguns mesmo não sendo tão conhecidos antes, mas depois desse momento com certeza vão ser lembrado na minha vida, grato a todos.


Vídeo gravado da música que já está na pele.

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