quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Na estrada com Stolen Byrds.



Antes de começar o texto transcorrendo tudo que aconteceu e como foi a primeira experiência em vivenciar uma viagem com uma banda, tenho de dizer, muito obrigado pelo convite rapaziada. Iniciando a viagem você já notaria todo o ar familiar que tem dentro de todos da banda, pelo amor até mesmo pelo motorista e toda sua autenticidade! A estrada é algo que sempre me atraiu desde criança até os dias de hoje, o meio termo de um lugar para o outro pode se tornar o nosso ponto de encontro com nós mesmos, notei isso na banda também, a estrada ao invés de desgastante é um momento de descontração total de todos os integrantes, a família realmente é unida. Agora tratando em como fomos falando de tudo você sentia uma simplicidade dentro dos caras da banda, conversas com um
proposito simples sem aquele salto alto que a maioria das pessoas pensam sobre bandas que estão deslanchando, se pensa isso da Stolen Byrds você está pra lá de enganado, os caras são humildes e receptivos com tudo, desde a sua opinião até a presença física. A estrada chegando ao fim do seu percurso de ida chegando ao destino, Florianópolis, precisamente no Taliesyn Rock Bar um lugar super autentico onde descobrimos que diversas bandas de peso underground já tiveram por lá. Andamos por volta do lugar que era do centro histórico da cidade, em um momento o sol estava se pondo eu , o Adilson (AJ) (Baixista) com o Neto (Vocalista) demos uma volta e encontramos um píer fotográfico onde as ondas do sol já estavam se esgotando e foi onde tivemos um dos marcos da viajem, o visual era sensacional, acho que os dois conseguiram absorver bastante daquilo para colocar no palco mais tarde. Voltamos para o lugar do show onde conhecemos um dos caras mais interessantes da viajem, o Galináceo um ser com maior conhecimento da cena underground dos últimos anos e que deu uma aula pra mim sobre música e tudo que envolve aquilo ali, além de termos uma conversa sobre o deslanchamento do projeto, mas
isso vem em outra ocasião, o cara é sensacional. Depois disso  saímos a banda inteira dar uma volta na cidade completa, onde encontramos o “Professor” de Florianópolis, um cara extremamente inteligente e peculiar, onde nos abordando sobre os lugares históricos da cidade e querendo fazer uma tour conosco, aceitamos. A cada rua que passávamos ele ensinava um monumento histórico, um lugar onde aconteceu alguma briga de determinado século, até mesmo nos explicou que o píer onde nós andamos antes era o lugar de fuga dos escravos de décadas passadas se jogarem no mar a procura de outro continente, quase pulavam para a morte. Terminando o passeio com o nosso professor de história particular voltamos ao lugar do show, já era quase madrugada e as bandas de abertura já estavam fazendo o lugar balançar com covers e algumas autorais mas ainda não era algo muito enérgico como o que estava por vir. Me lembro bem nesse momento sentei ao lado do portão com o Gustavo “Guz” (Guitarrista) e conversamos longas palavras sobre alguns assuntos aleatórios e sobre o que esperar do som da noite, passando e parando chegou junto o Jõao Manoel
(Guitarrista solo) e o Bruno (Baterista) e ficamos mais algum tempo ali falando de tudo e de nada ao mesmo tempo, mas eram palavras agradáveis para quem quisesse escutar.  Um pouco depois entrei no lugar para ver a banda antes, enquanto os caras da banda arrumavam os instrumentos pessoais e a banda que estava no palco começou a tocar um Hendrix da pesada, aquele momento me marcou que olhei pra trás na mesa e o João estava colocando cordas novas na guitarra dele com o maior cuidado dele e foi uma cena que o mestre Jimi ficaria orgulhoso com toda certeza. Após algum tempo a banda saiu e os caras da Stolen começaram a ir ao palco para começar toda e energia que tinham para transpor para todos que ali estavam. Desculpe não me recordar da música de abertura, acho que foi Come Undone, que já deu aquela explodida na cabeça de todos que estavam por ali, seguida veio uma das músicas que vai sair no próximo ep dos caras daqui uns meses, e meu deus do céu, foi frenético, acostumado com a banda elétrica mas tudo no seu tempo e tudo se encaixando aos poucos como o timbre da voz junto da guitarra e a base do baixo, mas não, a música veio explodindo todos que estavam ali no palco, os cinco em uma frenética energia e não paravam, se balançavam como se o balanço fosse os sons dos instrumentos junto com o ritmo que não abaixa nenhum segundo da música, foi algo que eu abri a boca no meio da música e não fechei porque pode ser a obra prima da banda, podem me cobrar. A banda continuava e as pessoas vinham do meu lado perguntavam “de onde são esses caras?” “Esse som é autoral mesmo? PORRA” “melhor banda autoral que já tocou aqui hein cara”, eu me sentia orgulhoso de estar ali junto e presenciar que os pássaros estão voando de verdade. Eles continuaram, tocaram músicas do primeiro cd, do segundo e mais algumas novas, todas elas eu sentia algo que nunca senti em nenhum show deles, parece que a energia da ilha inflou todos da banda e eles repassaram em todos que estavam naquele lugar, eu estava frenético dentro de mim curtindo o som. Ver o Gus se entendendo com o AJ do lado dele, o Neto e toda psicodélia com o teclado, o João solando incrivelmente e o Bruninho marretando a bateria é das coisas mais gostosas de se ver e animadora para o projeto viver. Acabando o show fiz questão de cumprimentar um por um dizendo o que achei, a forma que eles perguntavam o que eu achava foi de extrema importância pro desenrolar da resenha sobre o show. Seguida eles deram a maior atenção a todos ali que perguntavam algo da banda, comentando sobre o show também o que fosse, a banda trata todos como iguais, isso faz o diferencial deles. Ficamos mais um tempo em frente ao lugar conversando com mais um pessoal e depois já estávamos de partida de Floripa dando adeus a toda a magia que nos contagiou. A volta com todos esgotados mas com uma energia dentro de outro universo foi mais tranquilo, mais como um descanso porque no mesmo dia a noite eles já tinham outro show, assim finalizava a viagem.





Aqui eu dedico a agradecer a todos da banda de coração, foi a primeira na estrada com alguma banda que fosse, foi de extrema gratidão e alegria que falo que vocês são um dos elixires do projeto e sabem disso. Obrigado Neto, AJ, João, Guz e Bruninho. Voem pássaros.



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https://www.facebook.com/vivendoamusica1/

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