quarta-feira, 5 de julho de 2017

Prosa solta com Marcelo Zarske


O vivendo a música teve um bate papo bem bacana com o mestre Marcelo Zarske, onde ele comentou sobre o seu trio, o disco que foi produzido, o futuro e ainda de quebra deu indicação de música! Saca ai que ta caliente!

Sobre o disco

"A ideia é que eu já tinha as composições por eu sempre escrever tanto sendo letras como melodias ou o que fosse, sempre que eu estava estudando como um acorde diferente já testava tocando e colocava alguma coisa pra gravar e eu não esquecer, desde a minha época no conservatório onde eu anotava tudo mesmo e passava pra transcrever no instrumento, assim sendo eu tinha muitos rascunho e coisas guardadas como futuros projetos. Assim quando eu peguei elas a um tempo eu lembrei que tinha vontade de gravar, fazer um som e um disco com aquilo, dai me veio em juntar uma galera pra fazer o som no estilo que eu já havia escrito, mais pra ter um trabalho feito com aquilo, não deixando só ser uns rascunhos que nunca viraram algo em si, fazendo o disco com

esse som que eu já tinha anotado além de fazer alguns improvisos na hora misturando do que tinha antigo com algo atual. Mas dai me veio a cabeça quem iria participar disso comigo, me veio o Rhuan (baterista) o Saulo (Baixista), toda essa galera, mas como todo mundo eles estavam em outros projetos e isso não ia acabar harmonizando no projeto que eu estava pensando, pela logística e tudo mais, mesmo eles sendo animais além de grandes músicos e amigos meus não ia acabar rolando da forma que tinha na minha cabeça. Dai chamei o lau que é o pianista e o baterista que é o barsa, assim como todos nos conhecemos e já fizemos paralelos trabalhos juntos seria mais fácil, ai eu escrevi a melodia das músicas cheguei neles e só falei pra gente tocar os três elas, porque eu não queria ser o dono das músicas, queria que os três participassem da criação total dos sons, assim tocando fizemos apenas um tack pra testar alguns sons e depois o tack já de uma vez pro disco sem aquele ensaio todo pra deixar tudo quadradinho, era algo muito instrumental e livre pra criar na hora, sem correção nem nada. Tanto que no “Improviso 2” foi algo que o baterista e o pianista fizeram na hora e eu liguei os dois microfones e acabei gravando, deixando livre e ficou muito bom, dai pedi a eles e colocamos no disco, da forma que eles tocaram ali mesmo. A faixa “Trapiche” que é a ultima do disco, eu criei em um trapiche mesmo la na usina (hahahhaha) eu estava la com minha namorada e uns amigos e acabei compondo alguma coisa, mas eu não escrevi nem nada, só gravei como áudio pra me lembrar depois e fui criando em cima daquilo que eu vivi no dia mesmo. Assim foi feito de uma forma totalmente caseira, gravamos aqui na escola mesmo, eu que mixei as faixas, em uma tarde conseguimos gravar tudo, fazendo algo que era bem verdadeiro para o trio." 


O depois do disco

"Depois de gravarmos isso ficou na cabeça que quero fazer isso de novo, todo esse processo bem natural e de forma caseira, sendo feito totalmente por nós três em conjunto. Porque até mesmo quando a gente toca deixamos as músicas que gravamos com a melodia que foi criada, mas durante podemos mudar com distorções diferentes, alguma batida ou um toque diferente pleo piano, dificilmente vamos tocar exatamente como no disco em algum lugar, porque o improviso meio que vai a todo momento que o trio está. Porque como na escola do Jazz, você recebe uma moldura e durante a música você pode fazer o que for mas não foge do que é a moldura em si, então é mais ou menos isso que fazemos a cada vez que tocamos.  Porque a maior preocupação nossa não era tocar para alguém e sim tocar pra nós, vomitar tudo que tem de dentro de nós pra fora sem algo a vender ou como for, e sim tocar algo nosso. Dai tem diversos outros temas escritos e prontos pra gente tocar, até toquei uma ou outra já com eles e vi que pode dar certo pra ser um som novo, tem tudo pra dar certo, não sei se algo físico mas em mídias como streaming e esses com certeza vamos lançar, porque eu pirei nessa formação desses músicas, além de não ter a estrutura com o baixo ali segurando tudo, deixando algo meio bagunçado mas de forma harmoniosa, deixando muito a nossa cara. Mas como falei que eu tenho escrito tudo, mas quando colocarmos todos nós na sala pra ter os elementos juntos vai mudar completamente, e esse é o mais legal do nosso trio."

Dica de som pelo Marcelo

"Cara eu escuto de tudo, como sempre gosto do meu rock como gosto de curtir muito o som instrumental, como tipo se tem de beber água de vez em quando mas você sempre gosta de uma cerveja ou um vinho assim, é assim com a musica, sempre vejo coisas novas mas os velhos gostos também ficam pra sempre por ali. Curto muitos os instrumentais que já falei pra ti na outra conversa brasileira e tals, mas tem um trio de fora que eu ando curtindo muito que se chama Virta, lá da Finlândia com um som instrumental muito bom, dai a formação que me chamou atenção, porque é um batera, um guitarrista e um cara que toca trompete, que usa uns sintetizador e deixa uns sons bem diferente mas que harmoniza com a banda toda, e eu pirei nelas porque se escuta e imagina mil integrante mas dai se vê os três e o que cada um toca você fica de cara o quão bom é. Porque na musica eu curto muito fugir do famoso quadrado, como se é jazz tem que ter um Saxofone, mas e se meu som não precisa de um Saxofone? (hahahahha), não vou colocar pra ficar agradando e sim pra fazer uma música que eu vá curtir, por isso essa banda me chamou muito a atenção."



Assim foi o papo com um dos maiores parceiros do projeto, vida longa a nós Marcelo, que seja só mais um capitulo de muitos acontecimentos! Abaixo os link's pra conhecer o trabalho do trio.


https://www.facebook.com/marcelozarskeguitar/

https://open.spotify.com/album/4XzI2rKgHRvMlwORdPooHu

http://www.marcelozarske.com.br



Curtiu a matéria? Então vai la na pagina e deixa um comentário!

https://www.facebook.com/vivendoamusica1/




Um comentário: