Cinco Motivos para escutar 'When You See Yourself" do Kings of Leon
Assumo de primeira que eu sempre fico emocionado ao escutar
lançamentos, ainda mais de uma banda com o teor emocional em suas letras tão
forte. Esse disco veio para nos abraçar de uma forma real e não genérica, sensível
e com muito amor, vamos aos cinco motivo para degustar o disco que faz nos
olharmos no mais fundo da alma.
O disco é o oitavo da banda, que vem de atividades desde
1999, a banda é sem dúvida um marco da geração em que vivemos, sempre mesclando
e trazendo inovações mas em uma raiz bem forte do Southern rock que é a banda
em si, a cada disco uma viagem e uma ideia do que a banda passa e quer que o fã
entendam, dessa vez eles trouxeram o tempo, em como ele vai e vem, e o porquê
de aproveitar tudo.
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Ritmo são importantes em um trabalho fechado, e o disco
apresenta uma graduação em ir passando nas música, em ser uma mistura do ponto
alto ao mais baixo em poucos minutos, mas sim uma evolução sistêmica do início
ao fim, não sendo ondas mas sim uma tsunami de vez, a banda achou a formula pra
nos afogar no bom sentido dentro de nós.
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Um disco sem pressa alguma e a rapidez ficando um pouco para
trás, agora o KOL é a banda que fala mais e deixa o instrumento como
complemento de uma obra sensacional, sinto uma conversa vindo de meu fones chegando
da voz INCRÍVEL de Calleb, que sorte de um dia ter visto essa banda de perto, e
que saúde de um show meu deus do céu.
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Letras são o ponto alto do disco a mim, eu me importo com a
escrita sempre e depois começo nas pegada de ritmos, instrumentos e tudo mais.
E a primeiro momento esse disco me remete a pessoas maduras mas que tem a alma
jovem, tratando que a alma sempre vibra e que o tempo é um ceifador de almas,
mas que devemos saber saborear mais ainda o que vivemos e aprender com tudo,
sejam boas ou ruins a situações.
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Vamos ao top três do disco agora, as três que ao escutar meu
coração ferveu. De início é “A Wave” que música deliciosa de se escutar,
fazendo você entrar em uma imersão na alma e dar aquela vasculhada das boas, o
ritmo vai se elevando aos poucos com vários estouros e o sintetizador comendo
solto no fundo, nela eu sinto uma diferença enorme na sonoridade da banda, e eu
particularmente amo quando as banda se reinventam mas mantendo a base de si, é sensacional.
Depois coloco “The Bandit” que foi single da banda e nela já se notava que
tinha algumas coisas diferentes na sonoridade em si, o vocal mais alto e com o
foco central mas com as guitarra mais estridentes e a bateria em si mantendo o
ritmo, sem tantas distorções e também com o baixo mandando do lado um ritmo
frenético de sensações, trazendo a letra “Reckless abandon, Rundown and
stranded, Must catch the bandit..” fazendo a analogia da tentativa de se pegar
e manter o tempo consigo, o inimigo perfeito dos bons momentos. Agora a música
que me fez realmente chorar quando eu escutei que foi “Echoing”, foi um sentimento
tão forte na primeira vez que escutei que eu pra sempre irei me lembrar, ela
traz um ar do antigo KOL, mas com umas elevações que não existiam ante, e a
letra madura e extremamente sensível como “We could take it to the high sеas, Echoing,
echoing where do wе stand”, tendo um diluvio dentro de si e tentando transformar
em uma viagem derradeira pelo tempo de si mesmo, falando de memorias e como
devemos dançar com o amor de forma mais leve. O disco é sensacional do começo
ao fim, algumas músicas podem te tocar de alguma forma que ainda não me tocou
em si, eu só posso pedir que você sinta abertamente esse disco sem amarras do
passado da banda mas sim de um trabalho gostoso de se ouvir. Um disco lançado
onde temos a falta de afeto e calor humano por uma pandemia, mas, ele veio nos
abraçar, e a banda merece um agradecimento e muito amor nosso por eles,
obrigado Kings Of Leon pelo abraço e pelas lagrimas.
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