Os caras se reinventaram mais uma vez, a quem está acostumado com as baladas românticas de “7 infernos” pode assustar um pouquinho com o novo som da banda, uma reformulação instrumental bem nítida com o acido da guitarra fazendo o corpo vibrar do inicio ao fim.
Trouxeram uma pegada mais White Stripes em algumas formulas, onde a guitarra simplesmente conversa
com a bateria de forma bem nítida, o grave da voz vem de complemento mas ao
mesmo tempo é o carro chefe da banda, a voz do João é muito diferente e nesse
disco eu senti que ele se soltou mais em arriscar até onde ele alcança, saiu um
pouco do seguro que ele fazia bem, se arriscou, e acertou em cheio. Nesse disco
tem foco em uma guitarra mas o Anderson fez com que o trabalho ficasse mais limpo e
mais aguçado em todas as faixas, é como se limpasse o som e deixasse ele mais
fino, mais autêntico ainda e com a cara bem forte da banda, talvez a
reformulação sem intenção mas que casou perfeitamente na nova cara da banda.
Falar das linhas de baixo é chover no molhado, o Luiz é literalmente um animal
quando se tem o trabalho da condução da música e o groove do ritmo, te faz
dançar com o corpo e alma e não deixa com que paremos um segundo de sentir em
si os acordes que estão mais altos,
e por favor continuem a deixar esse baixo
alto que faz bem demais! As batidas encantadoras do Victor também faz com que
gire um pouco o estilo musical, ele desacelera e acelera em poucos segundos
fazendo que a música não entre em uma monotonia, fazendo aguçar mais ainda os
ouvidos em todo som que a banda reproduz, a evolução é constante dos caras, mas
a dele é um absurdo em como ele manda bem em todas as faixas! Com tendências vindo
como já disse do White Stripes, uma pegada mais lenta das baladas do Queens of
stone age e uma brasilidade do Los Hermanos,
mistura tudo isso com a essência em
si dos caras e torna a banda mais autentica do sul do mundo. Um complemento, o
disco é fechado e aberto tão facilmente que parece que a banda está ali proclamando
as músicas com uma facilidade absurda, mas se engana quem ache que isso é fácil, fechar um trabalho como esse requer além de esforço um tremendo talento, e como
falei a banda está cheio disso, talento, correria, vontade e amor, é isso que
eu sinto sempre quando eu escuto e vejo tudo que a Oversong transpira, é
inspirador estar perto e conhecer esses caras, o mundo é pequeno pra eles e “2004”
é a melhor música feita da banda, meu deus que som delicioso de escutar.
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