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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A carta aberta de Douglas Takazono


Vamos chegando que dessa vez a carta aberta é com um dos caras de espirito elevado ao máximo, e uma das figuras musicais que mais impressiona a sua sensatez e audácia nas palavras a atitudes. O Douglas é Vocalista e guitarrista da banda Fusage, e veio soltar o verbo conosco!

História pessoal e na música

"Sou o Douglas, nasci no Mato Grosso do Sul, me mudei para o Paraná em 2010 e me formei em engenharia civil pela UEM. Depois de quase dois anos morando na Irlanda eu voltei ao Brasil e formei uma banda. Pouco antes de lançarmos o primeiro disco decidi sair da engenharia para me dedicar à música. Hoje trabalho como professor particular de inglês e músico na Fusage. Acho que as minhas influências culturais vêm antes de tudo lá de casa, com meus pais que ouviam discos de música clássica, sertanejo raiz e moda de viola, rock dos anos 60, 70 e algumas coisas mais aleatórias. Livros sempre foram um incentivo dentro de casa, mas acho que comecei a ler mesmo quando saí morar sozinho e filmes era aquela história: baixar na internet discada. Teve um cinema por uma época, mas era algo bem precário. Cresci numa cidade pequena, tive uma banda no colégio e a gente chegou a gravar um EP em 2007. Quando vim pra Maringá estudar me lembro que no final do primeiro ano da faculdade já estava procurando formar uma banda. O resto da história vocês podem conferir no documentário Uma forma de seguir do nosso grande amigo Jean Cedemachi em parceria com o Junior Conejo que aborda um tema recorrente no nosso meio sobre viver a arte e ser artista independente além de contar com Stolen Byrds e pedaços da nossa tour juntos."

A vida durante a pandemia

"Como eu citei anteriormente, além da música hoje trabalho como professor de inglês, então desde o início da quarentena (que nunca começou de verdade no Brasil) as minhas aulas estão sendo exclusivamente online. Tem seus pros e contras, como tudo, mas tem sido muito mais pro do que contra ultimamente. Eu acordo mais cedo, tomo meu café tranquilo, faço minha rotina matinal e quando dá uns 5 minutinhos antes da aula eu ligo pros alunos, é uma maravilha. Eu digo isso porque dou várias aulas, uma atrás da outra, simplesmente conectando outra pessoa na sala virtual, e assim tenho tempo pra cozinhar, cuidar mais da casa, etc. Todas as incumbências do jovem adulto se tornaram uma parte mais prazerosa da minha rotina. Por outro lado, tenho pecado muito no quesito atividades físicas. Nunca fui sedentário, mas ultimamente acabei cedendo ao comodismo, é algo que preciso corrigir urgentemente. Quando não estou dando aula, estou produzindo algo pra Fusage ou estudando música, produção, gravação, mixagem, divulgando, pesquisando. Cuidamos das redes sociais juntos, os 4, mas de certa forma eu que faço as publicações na maioria das vezes. Estamos preparando várias coisas pra poder lançar enquanto o Outburst Desert não pode ser gravado e também lapidando as faixas que vão estar nele.Tivemos a ação das cartas na qual nós enviamos uma carta pra cada pessoa que mais interagiu com a banda nos últimos meses. A carta continha instruções e imagens com o tema do próximo disco e cada um deveria produzir uma colagem cotada para ser a capa do álbum. Houve alterações de cronograma por conta da pandemia, mas no final deu tudo certo porque os correios atrasaram pra chegar em alguns endereços e estendemos o prazo pra galera fazer a colagem. Ainda não escolhemos a arte que vai ser a capa do disco, mas estamos tendo ideias muito legais pra usar todas as colagens que foram produzidas, são peças únicas de pessoas que conhecemos nas turnês, gente que descobriu a Fusage e acompanha nosso trabalho, tem sido uma experiência sensacional."

Humanidade e os problemas do cotidiano

"'É muito difícil hoje em dia quem consiga olhar para a humanidade e sentir Humanidade. A gente convive com Fake News já faz muito tempo, mas uma outra parcela da sociedade, pessoas de várias idades, não só o típico ‘tiozão do zap’, mas de posições conservadoras no geral; para esse público essa disseminação de mentiras tem sido o artificio capaz de validar seus privilégios, preconceitos, atrasos sociais, injustiças, etc., sempre provocando medo, incentivando o caos, a violência gratuita. Eles tripudiam a ciência, seja a área que for, se recusam a ter um debate racional e quando tentam é sempre com discursos vazios, argumentos sem pé nem cabeça, não tem diálogo. Essa massificação da informação é produto de um modelo político, econômico e social desequilibrado; fadado ao colapso. Eu enxergo mais ou menos como o professor Domenico De Masi, no livro O Ócio Criativo: Ele afirma que os últimos dez anos do século XX foram marcados pela forte atuação do liberalismo e o discurso amplamente propagado por essa frente que ataca tudo o que é público. Primeiro sucateando os serviços e infraestrutura e em seguida inflamando críticas para desvalorizar empresas estatais no geral, áreas de transporte, ensino, comunicação, eletricidade, recentemente até mesmo os recursos hídricos. Se valendo dessa estratégia, a elite nos vende as privatizações principalmente dos setores mais lucrativos da economia e geralmente necessidades básicas do povo. Compram empresas estatais e vencem licitações de concessão de serviços por um preço muito a baixo do mercado e ainda obtém investimentos do próprio governo em forma de incentivos fiscais, financiamentos a perder de vista, concessões de décadas e mais décadas, enfim, só vantagens. A gente vive isso com a empresa de transporte público de Maringá, numa menor escala, mas população toda sabe, e é um puta atraso. No fim das contas ainda existe o discurso de se investir nas grandes empresas privatizadas para gerar mais empregos e aquecer a economia e por melhores que pareçam os resultados, eles são pontuais, não há solução permanente enquanto insistirmos num modelo desequilibrado. As crises voltam e tendem a se tornar mais recorrentes, desemprego, fome, violência, enfim um abismo socioeconômico que impacta na vida em todas as suas áreas. O ponto é que nós estamos vivendo e tendo experiências constantes de demonstrações de que as coisas precisam mudar. Quando a gente pensa na luta feminista, na luta contra o racismo, na luta LGBTQ+ e tantas outras mais frentes que só exigem respeito, dignidade e iguais condições, nos parece que tudo isso é recente, mas não é. As questões sociais que já clamam respostas e mudanças há décadas, mas agora estão tendo uma maior exposição e visibilidade principalmente nos últimos meses por conta da condição atual em que estamos isolados fisicamente, mas unidos pelos meios de comunicação. Nesse sentido eu penso que estamos vivendo transições importantes, mas de processos muito antigos e que levam um certo tempo para se estabelecerem. Numa escada de longo prazo talvez estejamos vivendo o começo da mudança positiva em muitos setores, mas dificilmente viveremos para ver o mundo ideal."

Recado do Douglas vocalista da Fusage/ Douglas do cotidiano

"Acho que não há separação entre o Douglas da Fusage e o do cotidiano, mas há uma diferenciação. O primeiro atua em um projeto com outras pessoas para expressar e discutir tanto o que ele pensa e sente quanto o que pensam e sentem os seus irmãos de banda e contribuir de todas as formas possíveis por meio dessa ferramenta para ajudar/entreter/melhorar/acalentar a vida das pessoas que a gente atingir. O segundo é uma pessoa normal dentro das suas esquisitices que procura lidar da forma que pode com essa vida maluca que a gente compartilha aqui no planeta Terra. O recado ao mundo é simples. Que tenhamos mais compaixão pelos nossos semelhantes e por nós mesmos, que tenhamos mais tempo para ficar em silêncio e simplesmente ouvir. Eu espero que cada um de nós encontre a paz de espírito e serenidade ao enxergar a vida como uma oportunidade de evolução espiritual em todos os seus momentos."



Link's do artista




sábado, 4 de março de 2017

Foo Fighters em One by one


Então vamos lá falar desse disco que foi o percursor da maior mudança da banda, sabiam disso? Em meados de 2001/2002 a banda começou a ter algumas crises internas, processos de gravações viravam obrigações, shows não eram mais encantadores, crise com drogas pelo Taylor (baterista), entre vários outros fatores. Tanto que ao gravar a primeira vez o disco ele valia em cerca de um
milhão de reais com toda a gravação, em estúdio e tudo mais, mas ao terminar a gravação a banda decide não lançar e tirar uma mini férias pra ver o que estava rolando. Cada um vai para um lado, Dave se interna junto com o Queens Of Stone Age na bateria e acaba ajudando na gravação de um disco, saindo em turnê por alguns lugares na América com a banda, isso não foi muito bem recebido pelo seu melhor amigo e baterista do Foo Fighters, Taylor. Mas em um fatídico festival denominado Coachella onde tanto Foo Fighters e QOSA iam tocar onde no primeiro dia foi a vez de Dave ficar nas baquetas, onde o Taylor que nunca havia visto o seu amigo do outro lado foi assistir, um pouco enciumado não falou nada. Antes do show do Foo Fighters no segundo dia a banda decide que faria o show, se fosse ruim acabariam por ali e não lançariam mais nada, pois bem, para todos foi o melhor show da vida deles, onde tudo se encaixou e fluía uma energia muito diferente. Ao fim do festival Dave e Taylor saem pra conversar e ficam em paz (graças a deus não é?) mas tomam a decisão de regravar o disco porque ele não estava com a cara do Foo Fighters e sim de uma banda vendida. Reúnem a banda no estúdio do Dave mesmo, regravam todo o disco em sete dias e lançam, assim foi feito o verdadeiro one by one que a gente escuta até hoje. O disco é o quarto disco da banda lançado em 2002, nele conta diversos hits da banda e melodias que embalam muitas noites a todos, tem participação especial de Brian May (Guitarrista do Queen) na faixa “Tired of you”. O disco como um todo é levantado como o melhor da
banda, dele saiu a transformação de todos os integrantes em apreciar a gravação do disco e fazer tudo de uma forma mais analógica e natural, isso nós vemos até hoje em todos os discos da banda. O disco começa com nada mais nada menos que “All my life” que é um dos melhores sons feito na história do Rock, a sintonia entre aa voz e os acordes batendo ao fundo, a explosão em seguida com todos os instrumentos em sincronia com a letra forte e acida como “Hey, don't let it go to waste, I love it but I hate the taste, Weight keeping me down!” e o feeling vai percorrendo toda sua alma. O próximo destaque do disco vem com “Low” que é a segunda música do disco mesmo, tem um ar bem mais pesado que o normal da banda, o Nate (baixista) tem um papel fundamental nessa música que você controla o ritmo totalmente pelas cordas dele que vem te balançando, ai no fundo os riffs do Chris (Guitarra solo) e vai te induzindo em um som que lembra um som mais gótico meio stonner, é o som mais pesado do disco com certeza! O próximo destaque do disco é a linda “Times like theese” que representa para a banda toda a fase ruim que estavam passando e conseguiram superar virando uma das maiores bandas do universo, leu isso odin? A música te envolve para cantar, se está escutando onde você for aquela cantarolada é impossível de segurar, sem falar na letra que é extremamente inspiradora e animadora, eu a uso como um remédio pessoal diversas vezes assumo, porque olha isso “It's times like these, You learn to live again, It's times like these, You give and give again, It's times like these, You learn to love again, It's times like these, Time and time again” aposto que quem conhece a música leu esse trecho cantando, pessoalmente é umas das 5 melhores músicas
já feito na história da música. Seguindo os destaques, a próxima é “Halo” que é um pouco diferente das outras do disco, começa em um ritmo meio animado levando todos os elementos da banda junto com o ritmo que você está, sendo uma música ambiente perfeita, mas chega uma hora que parece que o Taylor (baterista) encarna algo e só da marretada na bateria e o Dave encaixa com alguns gritos em frente a tudo como “Disappear, the light is breaking, Disappear, outside their range, Disappear, I'm tired of waiting, Disappear before we fade away!” e vem todo aquele frenesia junto sentindo em todo o seu corpo, é de arrepiar a alma, se você chorar não há problema algum é muito feeling rolando! O próximo destaque fica por conte de “Overdrive” que já vem com um som puramente no estilo da banda, aquela balada rock animante que te faz dançar e cantar onde estiver, tudo se encaixa nessa música, como na parte “Overdrive, we're going life or death, Two strangers on the mend!” e tudo vem junto com a letra, o ritmo a sinfonia de tudo está ali! Pra fechar ficamos com “Come Back” que é a música mais sujo em questão instrumental, tenho certeza que deixaram nesse estilo para que o som combinasse com a letra, algo mais pesado, como “Changes, changing, Back and forth again, Trading faces, Strangers in the end!” e vem a guitarra controlando toda a música junto com algumas marretadas na bateria, por fim fica os gritos de Dave com “I will come back, I will come back, For you..” e a letra te contagia totalmente.  O disco é sim um dos melhores da banda, tanto que foi o segundo disco deles a ganhar o grammy de melhor álbum de rock. Algumas faixas não foram citadas mas assim mesmo são muito boas, só não tem um destaque tão grande quanto essas citadas. Vale a pena conferir toda a história que percorre o disco e também escutar de cabo a rabo.



Abaixo o link para download do disco e o single mais forte de todos os tempos.




http://www.4shared.com/rar/PAo1VeBc/2002_-_One_by_One.html


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sábado, 20 de agosto de 2016

Bring me the horizon em That's the Spirit!


Disco lançado em 2015 pela banda de metalcore Bring me the horizon. Antes que pensem que é mais uma banda que vive de gritos e screamos, não, eles não são mais só isso. A banda teve uma evolução notável dos discos anteriores para esse, a quem diga que eles mixaram demais, ou mudaram muito o estilo, para outros eles evoluíram musicalmente falando, e eu sou desse segundo grupo. O que levou a banda a mudar foi quando o vocalista Oliver Sykes que estava viciado em drogas depois do sucesso do disco anterior o "Sempiternal" decidiu mudar, e levar a banda em um percurso de extremo sucesso tanto no reino unido quanto para as Américas do mundo. O próprio vocalista em algumas entrevistas falou que o ponto foi que eles viraram mais profissionais, cuidou do trabalho de cada um em especifico, ele na sua voz, o guitarrista em aulas de guitarra e assim pelo resto da banda, além de também se importarem com a questão física
deixando as drogas de lado e praticando exercícios físicos como treinamentos hit e crossfit. Assim a banda subiu um patamar a mais e começaram a produção do disco, com letras fortes sobre o passado de cada um da banda, animadoras com a visão de um futuro glorioso e com certeza promissora.
Agora destrinchando o disco. Ele tem faixas magníficas e tem algumas que você de inicio pode não gostar. O single do disco com a música “Drown” tem todo o poder do disco contigo em cada frase e verso que se cante como “Drag me out alive?
Save me from myself, Don't let me drown!”, isso pra mim é pura poesia. Mas além dela tem diversas músicas boas como “What you need?” que desde que escutei eu sinto que é feita especialmente para o

antigo produtor da banda que os abandonou e disse que eles não poderiam evoluir em nada (e veja o que virou não é? haha), e daí veio a musica como resposta, chocante e uma pedrada na cabeça. Se escutar o disco em sequencia vem “Avalanche” que é das minhas favoritas, você ouvindo sente uma energia que vem como uma avalanche inicia estrondosa do inicio ao fim, com a escrita “Give me a remedy cause my head wasn't wired for this world, I need a cure for me cause a square doesn't fit the circle!” não é puro lirismo? Eu amo essa música. Tem outras muito legais também como “Happy Song” que tem um coral de crianças ao fundo ou “Oh no” que finaliza o disco de uma forma bem legal. Mas escute o disco ao todo que não vai se arrepender!



Abaixo link pra download do disco e do single do disco.

http://www.4shared.com/zip/OXY_gC0Qba/_2015__Thats_The_Spirit_-_BMTH.html

https://www.youtube.com/watch?v=TkV5709EG5M



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